terça-feira, 11 de setembro de 2007

Desvendando Paranapiacaba


Por Rafael Munhoz
Quase todo mundo que mora na região do Grande ABC já ouviu falar na Vila de Paranapiacaba, e alguns até já foram ao local, mas poucos sabem da grande importância que o lugar tem na história de Santo André e de muitos moradores. É exatamente isso, e a influência da ferrovia no local, que são tratados no vídeo-documentário “Estação Final: Paranapiacaba”, que é o Trabalho de Conclusão de Curso de um grupo do 4º ano de Jornalismo do IMES, Universidade Municipal de São Caetano do Sul.

Os alunos se preocuparam em demonstrar visões do local que ninguém abordou até hoje. Isso foi feito através de três blocos de um documentário, que abordam os seguintes temas: História (com algumas curiosidades); Decadência da vila após o fechamento da ferrovia no local; Entrada da Prefeitura de Santo André na região; Turismo.

Os 25 minutos do vídeo apresentam histórias de moradores locais, que desabafam sobre a atual situação de Paranapiacaba, que, de acordo com eles, teve uma enorme decadência após a saída da ferrovia na região. Aliás, alguns trilhos ainda existem e são usados para transportes de cargas, mas não mais para trens de passageiros.

Outro ponto abordado pelo documentário é o do turismo, que, segundo os moradores, tirou a identidade do local. Depois de a ferrovia não ser mais utilizada para transportes de passageiros em Paranapiacaba (em razão da construção da Via Anchieta, que liga a capital ao litoral paulista, passando pelo ABC), muitos moradores se mudaram da Vila, enquanto os que continuam lá, os saudosistas, lutam para que a Prefeitura de Santo André, proprietária atual da Vila, passe a investir menos no turismo local e volte com a ferrovia.

A área servia, inicialmente, como residência para os funcionários da companhia inglesa de trens São Paulo Railway, que era uma estrada de ferro que possibilitava o transporte de cargas e pessoas do interior paulista para o porto de Santos, e vice-versa.

A Vila de Paranapiacaba (que significa “de onde se avista o mar” em tupi-guarani, já que, quando não está muito nublado, é possível enxergar Cubatão, no litoral paulista) tem muito mais importância para a história local do que muita gente imagina. Estes assuntos citados, e muitos outros, estão no documentário, que teve sua pré-estréia na noite do dia 4 de setembro, na própria universidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom !