segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Consumidores se preparam para fim das sacolinhas

Com o fim da distribuição das sacolas plásticas em supermercados marcado para a próxima quarta-feira (25), consumidores da região começam a pensar em alternativas para carregar as compras a partir da semana que vem.

A sacola retornável deve ser a principal opção adotada pelos clientes. Estas sacolas, que já eram vendidas pela maioria dos supermercados, passaram a ser oferecidas de forma mais ostensiva com a proximidade do dia 25.

Alguns consumidores estão aproveitando os últimos dias de distribuição gratuita das sacolas plásticas para estocar o produto. “Meu marido pegou uma quantidade que vai dar pra usar por um ano”, afirma a copeira Matilde da Silva. Apesar disso, ela também se precaveu e providenciou outras opções. “A gente já comprou também aquelas sacolas retornáveis”, completa.

Quem costuma fazer compras em mercados atacadistas deve se adaptar mais facilmente à mudança. Isto porque, por conta da política de preços baixos, a maioria das redes já não fornece sacolinhas de forma gratuita. “Há um tempo eu vou nesse tipo de mercado e tenho que comprar sacolas no supermercado ou levar as que tenho em casa”, explica o aposentado Carlos Leite. Ele critica a medida: “Isso não vai salvar o planeta coisa nenhuma. Além disso, os mercados vão economizar mas não vão diminuir os preços”, acredita.

O processo de adaptação dos consumidores não se restringe ao transporte das compras. Com o fim das sacolinhas, muda também a forma de condicionar o lixo. As sacolas, normalmente reaproveitadas para jogar resíduos, terá que ser substituída. A dona-de-casa Eliane Moraes ainda não sabe que alternativa vai usar. “Não sei o que vou fazer agora. Não pensei nisso ainda”, afirma.

Medida opõe mercados e indústria de plásticos
A decisão de colocar fim à distribuição das sacolas colocou em lados opostos os supermercados paulistas e a indústria de plásticos. A Plastivida, entidade que representa a cadeia produtiva do setor, fez duras críticas à medida.

Na avaliação do presidente da Plastivida, a mudança não vai ser benéfica para o bolso do consumidor, sendo positiva somente para os supermercados. “O cidadão não vai ter mais a sacolinha pra descartar o lixo, vai ser obrigado a comprar saco de lixo. Além de o mercado reduzir o custo, vai passar a vender produtos que antes não vendia, como as sacolas retornáveis. Quem vai pagar a conta é o consumidor”, critica.

O discurso da Associação Paulista de Supermercados se limita à questão ambiental. O setor supermercadista garante que a intenção da mediada visa a proteção ao meio ambiente, apesar de reconhecer que o fim da distribuição das sacolinhas vai resultar em uma redução significativa de custos. A promessa é que esta redução reflita no preço dos produtos.

O diretor de sustentabilidade da APAS, João Sanzovo, lembra que as sacolas plásticas nem sempre tiveram a importância de hoje. “Os supermercados, lá atrás, não utilizavam sacolas plásticas. A dona-de-casa usava trazia sua sacola de feira, deixava no guarda-volume e colocava os produtos dentro de um papel e depois na sacola”, afirma. “ A sacola plástica está contaminando nosso planeta”, disse Sanzovo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Jornalismo Dinâmico


por Camilla Scavone


Os alunos dos cursos de Comunicação Social da Universidade Municipal de São Paulo receberam no último dia 16 de agosto o jornalista, Arnaldo Ferraz, para falar um pouco do jornalismo na TV.


Arnaldo é editor chefe do telejornal Leitura Dinâmica, da RedeTV. Começou a carreira no impresso, foi para o rádio, atuou como repórter da Globo e foi aí que descobriu o telejornalismo. Durante 20 anos foi repórter e há dois anos aceitou o desafio de ser editor chefe do telejornal que possui uma linguagem mais leve, com notícias rápidas e em média veicula 35 retrancas por edição.


O jornalista começou e terminou a palestra com a frase “A faculdade não vai ensinar vocês a escreverem. Se vocês não sabem, que tal a odontologia?”, e foi com o intuito de mostrar o básico para a vida de um jornalista que Arnaldo falou sobre as rotinas de um repórter, o formato de edição e os caminhos da regionalização.


Todos os assuntos abordados fixaram a atenção da platéia que contava em média com 50 alunos, misturados entre Jornalismo, Rádio e TV e Publicidade e Propaganda. As percepções que o jornalista tem das mudanças que vem ocorrendo, não só nas emissoras de TV, mas no meio da comunicação em geral levantou uma dica para os futuros profissionais: hoje o mercado quer um profissional que não só tenha graduação, mas que seja mais, tenha pro-atividade, entenda das novas tecnologias e que conheça um pouco de cada mídia.


Questões foram levantadas por alunos e professores presentes e a palestra foi finalizada com o assunto internet e novas tecnologias, que Arnaldo afirmou que “um estudante de jornalismo com uma câmera na mão é uma máquina de notícia.” Com o boom das redes sociais, um comentário de um formador de opinião antes desconhecido, vira notícia. Hoje, a internet agrega a TV.


Para os estagiários, o editor-chefe explicou que é nas chamadas pequenas emissoras, ou editoras, que se aprende muito. Um estágio em um jornal de bairro é a porta para o futuro de sucesso, e temos que aproveitar agora que o processo de regionalização na imprensa brasileira está em processo de crescimento.


O jornalista coordena o curso de reportagem em TV desde 1999, e recentemente fechou parceria com a Associação Comercial de São Caetano. As matrículas já estão abertas, para mais informações entrar em contato pelo telefone 2888-3434.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Fase dupla de um assessor

A comparação de que o jornalista deve passar a informação de uma forma clara e verdadeira, nem sempre é cumprida, às vezes a distorção acontece levemente, com um simples trocar de palavras, pode- se dizer que com uma pitada de inocência, as coisas se modificam. Para o bem de alguns, ou para o desespero dos outros. Como a informação pode da vôos tão alto?

O filme Mera Coincidência (Wag the Dog), mostra o poder que a mídia tem em reverter situações. O diretor Barry Levison deixa bem claro que um bom assessor pode transformar o que seria um escândalo, na conquista para se manter no poder. Todas as estratégias são desenvolvidas pela figura de um assessor de imprensa, que desenvolve táticas para virar o jogo durante todo o desenrolar da história.

Onde uma verdadeira peça de teatro é construída para o desenrolar do filme, nada muito diferente do mundo real, em que jornais, revistas, tv e rádio transmitem nas entrelinhas a manipulação, mais tudo isso acontece de forma menos escancarada. Porém, atinge o mundo inteiro com uma velocidade assustadora. Mais como é mesmo aquele ditado? Falei mal, mais falem de mim... Pois é, no caso da informação o bom é quando estou sendo lembrando positivamente, e ruim quando lembrado negativamente, até que você descubra uma maneira de reverter à situação.

È nessa hora que o assessor entra para criar uma forma de transformar qualquer situação para o bem do seu assessorado. Seja estampando a capa de um jornal, ou fazendo parte das rodas de conversa, mesmo quando o assunto é do tipo, “negativo”, a quem diga que o importante mesmo e nunca ser esquecido.


Valdejane Bezerra

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Por debaixo dos panos

O filme Mera Coincidência (Wag the Dog) mostra que o famoso jeitinho brasileiro talvez não seja tão tupiniquim quanto o próprio nome diz.


Diante da exposição de um escândalo sexual duas semanas antes da eleição para Presidente, a equipe de comunicação da campanha se vê de mãos atadas e prestes a perder tudo quando Conrad Brean (Robert De Niro) chega misteriosamente e começa a jogar ordens, tomando o controle da situação. Mas só Brean não é suficiente para fazer com que a população e a oposição, principalmente, esqueçam o que aconteceu. Ele e a afobada Winifred Ames (Anne Heche) procuram a ajuda do produtor Stanley Motss (Dustin Hoffman), que com tiradas rápidas consegue inventar toda uma situação para tirar o escândalo do Presidente da mídia.


O mais interessante é como eles se portam diante de uma crise, sem que uma gota de suor escorra são capazes de dar a volta pela situação e aparecer com uma ideia mais absurda do que a outra. O filme também é capaz de criar uma certa paranóia no espectador, se é isso que acontece por debaixo dos panos, então o que é verdade e o que está sendo fabricado?


Mas esses questionamentos são deixados em segundo plano pelo humor ácido do filme e pelos estereótipos dos personagens. Dustin Hoffman e Robert De Niro estão brilhantes como sempre e a participação de Woody Harrelson como "herói de guerra" também é excepcional. O filme não peca nem a mais e nem a menos, o roteiro é excelente e é garantia de diversão tanto para comunicadores que entendam como administrar uma crise da maneira correta, quanto para o cidadão comum que vai ficar com a pulga atrás da orelha.

MARIANA SILVA GAZINHATO

“Mera Coincidência” - Filme com cara de realidade

Mera coincidência (Wag the Dog), lançado em 1997, nos Estados Unidos, o filme de 97 minutos é sarcástico, inteligente e com muito bom humor prende a atenção e passa suas mensagens com segurança e clareza sobre o poder da mídia junto à sociedade. O público entende com facilidade o que é transmitido no filme.

A maneira como o povo é facilmente levado com o que a televisão diz e se sensibiliza com coisas estúpidas, enquanto os criadores da situação ficam rindo e achando tudo muito bonito.


O presidente dos Estados Unidos, às vésperas da eleição, se envolve em um escândalo sexual e isso certamente acabaria com sua reeleição para o cargo, assim os seus assessores acabam tendo uma tarefa para conterem esse alvoroço. Então tiveram a idéia de contratar um produtor para fazer uma “falsa guerra” para a população ameriaca esquecer o ocorrido e tirar do caminho quem atrapalhasse os planos deles. Assim, o produtor de Hollywood (Dustin Hoffman) inclusive indicado ao Oscar, faz com que as cenas da guerra caiam na mídia e a imagem do presidente ganha poder com o povo.

A cena da garota correndo, segurando um gatinho, como se estivesse no meio de uma verdadeira guerra, mexe emocionalmente com o publico que acabam criando um herói falso e perigoso, tudo faz com que isso tenha uma grande repercussão na mídia e é interessante como a sociedade se sensibiliza e acaba caindo nessa história. Pronto! O escândalo foi esquecido e o presidente acaba se reelegendo, graças a seus ótimos assessores que fizeram muito bem a lição de casa.

"Mera Coincidência" é uma maneira de abrir os olhos das pessoas, o filme é ousado, tira um sarro com o modo que o público é tratado, a forma como podemos ser manipulados pela mídia e mostra como os políticos podem fazer coisas para desviar a atenção pública para outros fatos.


O elenco de peso como, Robert De Niro e Dustin Hoffman e a direção de Barry Levinson só poderia causar um excelente resultado.


E na realidade, será que as pessoas param pra pensar se aqui no Brasil é assim, quando os políticos se envolvem em escândalos, sempre aparece outra noticia para “abafar” o caso e a população brasileira acaba esquecendo os escândalos e no fim, os mesmos políticos conseguem se reeleger.

Regiane Dogoli Merenda

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mera Coincidência

O filme Mera Coincidência (Wag the Dog), dirigido por Barry Levison e estrelado por Robert De Niro (Conrad “Connie” Bean), Dustin Hoffman (Stanley Motss) e Anne Heche (Winifred Ames), mostra o outro lado, o outro papel do assessor de imprensa, onde entra em questão fazer “tudo” para garantir a imagem do seu assessorado, além do emprego, claro. No filme, o presidente dos Estados Unidos está à beira de uma eleição, buscando se reeleger. Faltando pouquíssimos dias para a tão esperada eleição, o presidente se envolve em um escândalo sexual. O presidente lança aos seus assessores a difícil tarefa: Reverter o jogo, colocá-lo na mídia, porém com uma ótima imagem, conquistar votos, causar uma boa impressão na sociedade. Um produtor de cinema é contratado para dar vida ao projeto do assessores. Um conflito entre Estados Unidos e Albânia foi simulado, neste caso tudo foi válido, desde a contratação de um produtor de Hollywood, cenários, atores e altos valores para cobrir os gastos necessários, afim de afastar o escândalo sexual do presidente dos holofotes da imprensa. Por algumas horas o plano dá certo e o presidente volta a subir nas pesquisas do ibope.



Como tudo na vida, existe o sobe e desce, uma hora em alta outra em baixa e o assessor tem que estar preparado pra tudo. O assessor definitivamente tem que enxergar além, tem que estar preparado para enfrentar uma crise, uma guerra, além de saber quando falar, pra quem falar e o principal, o que falar.


Em Mera Coincidência, conseguimos ver claramente as principais características do filme, embora quando expressei lá em cima que o que estava em questão era o fazer “tudo” pra a garantir o emprego e a imagem do assessorado, nem sempre esse “tudo” está ligado ao exercício de práticas legais, o ilegal muitas vezes e na grande maioria dos casos sempre está em jogo. A postura dos personagens, mesmo se tratando de um filme brilhante que explora bem estes tão complexos aspectos que engloba o dia-a-dia do assessor, mostra exatamente o que não se deve fazer, quebram algumas regras que permeiam a ética do ser jornalista, entretanto, nem sempre dá certo.
 
Elaine Reis

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Assessor de imprensa sempre driblando a crise

“Crise empresarial, pode ser evitada, sim”. Esse foi o tema abordado na Palestra realizada no dia 13 de maio, na Universidade municipal de São Caetano do Sul, para alunos do 4º ano de jornalismo, o evento contou com a presença do jornalista Eduardo Nascimento e do Professor e jornalista Arquimedes Pessoni, sobre como um assessor de imprensa enfrenta uma crise empresarial.


A crise empresarial pode, ou não, ser prevista, nesse caso é melhor ser prevista, pois você consegue planejar como driblar a crise, pois a mesma pode ou não comprometer a imagem da empresa, e o papel do assessor é tentar levar de uma maneira positiva o que está acontecendo para a imprensa.


São vários tipos de crise, mas as mais comuns são os problemas, a má qualidade, acidente de trabalho, escândalos, etc.


Segundo Eduardo, a crise pode ser prevista e assim gerenciada, pois toda empresa deve ter um plano de gerenciamento de crise, pois a mídia sempre estará lá, para um furo de reportagem, e é inevitável fugir dela.


“Têm que mostrar o outro lado da empresa, se é que há outro lado”, afirma o professor Arquimedes Pessoni, mediador do debate.


O assessor tem que enfrentar a crise, mesmo que a sua equipe não ajude com a imprensa, pois este problema sempre irá aparecer principalmente no setor público.


A imagem é um dos valores de uma empresa inatingível, mas quem julga é o próprio público através das experiências pessoais, informações, vivências e influências, no qual é mais fácil alterar a imagem do que a reputação. “Um bom exemplo de imagem, é que os acionistas da Petrobrás têm uma visão muito diferente dos ambientalistas”, diz Eduardo.


Não é possível evitar a divulgação da crise, pois a crise é uma notícia e a empresa não será poupada, mesmo as organizações conhecidas ou de prestigio.


Segundo Eduardo, a crise só é realmente uma crise quando a mídia entra em cena, trazendo à tona todos os problemas prejudiciais a empresa.


É possível evitar a crise principalmente se os fatores forem internos, apesar que nem sempre a causa pode ser controlada.


O palestrante deu dicas do que fazer na crise, uma delas é ter um plano de comunicação para reduzir o impacto causado pela divulgação de notícias de crise, para isso o relacionamento com a mídia deve ser uma atividade planejada.


A assessoria de imprensa deve ser tratada como uma atividade estratégica de inteligência empresarial, e nunca apenas como ferramentas.


Eduardo Nascimento é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo (2003), com especialização em Comunicação Empresarial pela UMESP (2009). Atua em assessoria de imprensa e comunicação interna desde 2001, com experiências nas áreas de saúde e educação.


RENATA LOPEZ CARO DA SILVA