quinta-feira, 27 de maio de 2010

Fase dupla de um assessor

A comparação de que o jornalista deve passar a informação de uma forma clara e verdadeira, nem sempre é cumprida, às vezes a distorção acontece levemente, com um simples trocar de palavras, pode- se dizer que com uma pitada de inocência, as coisas se modificam. Para o bem de alguns, ou para o desespero dos outros. Como a informação pode da vôos tão alto?

O filme Mera Coincidência (Wag the Dog), mostra o poder que a mídia tem em reverter situações. O diretor Barry Levison deixa bem claro que um bom assessor pode transformar o que seria um escândalo, na conquista para se manter no poder. Todas as estratégias são desenvolvidas pela figura de um assessor de imprensa, que desenvolve táticas para virar o jogo durante todo o desenrolar da história.

Onde uma verdadeira peça de teatro é construída para o desenrolar do filme, nada muito diferente do mundo real, em que jornais, revistas, tv e rádio transmitem nas entrelinhas a manipulação, mais tudo isso acontece de forma menos escancarada. Porém, atinge o mundo inteiro com uma velocidade assustadora. Mais como é mesmo aquele ditado? Falei mal, mais falem de mim... Pois é, no caso da informação o bom é quando estou sendo lembrando positivamente, e ruim quando lembrado negativamente, até que você descubra uma maneira de reverter à situação.

È nessa hora que o assessor entra para criar uma forma de transformar qualquer situação para o bem do seu assessorado. Seja estampando a capa de um jornal, ou fazendo parte das rodas de conversa, mesmo quando o assunto é do tipo, “negativo”, a quem diga que o importante mesmo e nunca ser esquecido.


Valdejane Bezerra

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Por debaixo dos panos

O filme Mera Coincidência (Wag the Dog) mostra que o famoso jeitinho brasileiro talvez não seja tão tupiniquim quanto o próprio nome diz.


Diante da exposição de um escândalo sexual duas semanas antes da eleição para Presidente, a equipe de comunicação da campanha se vê de mãos atadas e prestes a perder tudo quando Conrad Brean (Robert De Niro) chega misteriosamente e começa a jogar ordens, tomando o controle da situação. Mas só Brean não é suficiente para fazer com que a população e a oposição, principalmente, esqueçam o que aconteceu. Ele e a afobada Winifred Ames (Anne Heche) procuram a ajuda do produtor Stanley Motss (Dustin Hoffman), que com tiradas rápidas consegue inventar toda uma situação para tirar o escândalo do Presidente da mídia.


O mais interessante é como eles se portam diante de uma crise, sem que uma gota de suor escorra são capazes de dar a volta pela situação e aparecer com uma ideia mais absurda do que a outra. O filme também é capaz de criar uma certa paranóia no espectador, se é isso que acontece por debaixo dos panos, então o que é verdade e o que está sendo fabricado?


Mas esses questionamentos são deixados em segundo plano pelo humor ácido do filme e pelos estereótipos dos personagens. Dustin Hoffman e Robert De Niro estão brilhantes como sempre e a participação de Woody Harrelson como "herói de guerra" também é excepcional. O filme não peca nem a mais e nem a menos, o roteiro é excelente e é garantia de diversão tanto para comunicadores que entendam como administrar uma crise da maneira correta, quanto para o cidadão comum que vai ficar com a pulga atrás da orelha.

MARIANA SILVA GAZINHATO

“Mera Coincidência” - Filme com cara de realidade

Mera coincidência (Wag the Dog), lançado em 1997, nos Estados Unidos, o filme de 97 minutos é sarcástico, inteligente e com muito bom humor prende a atenção e passa suas mensagens com segurança e clareza sobre o poder da mídia junto à sociedade. O público entende com facilidade o que é transmitido no filme.

A maneira como o povo é facilmente levado com o que a televisão diz e se sensibiliza com coisas estúpidas, enquanto os criadores da situação ficam rindo e achando tudo muito bonito.


O presidente dos Estados Unidos, às vésperas da eleição, se envolve em um escândalo sexual e isso certamente acabaria com sua reeleição para o cargo, assim os seus assessores acabam tendo uma tarefa para conterem esse alvoroço. Então tiveram a idéia de contratar um produtor para fazer uma “falsa guerra” para a população ameriaca esquecer o ocorrido e tirar do caminho quem atrapalhasse os planos deles. Assim, o produtor de Hollywood (Dustin Hoffman) inclusive indicado ao Oscar, faz com que as cenas da guerra caiam na mídia e a imagem do presidente ganha poder com o povo.

A cena da garota correndo, segurando um gatinho, como se estivesse no meio de uma verdadeira guerra, mexe emocionalmente com o publico que acabam criando um herói falso e perigoso, tudo faz com que isso tenha uma grande repercussão na mídia e é interessante como a sociedade se sensibiliza e acaba caindo nessa história. Pronto! O escândalo foi esquecido e o presidente acaba se reelegendo, graças a seus ótimos assessores que fizeram muito bem a lição de casa.

"Mera Coincidência" é uma maneira de abrir os olhos das pessoas, o filme é ousado, tira um sarro com o modo que o público é tratado, a forma como podemos ser manipulados pela mídia e mostra como os políticos podem fazer coisas para desviar a atenção pública para outros fatos.


O elenco de peso como, Robert De Niro e Dustin Hoffman e a direção de Barry Levinson só poderia causar um excelente resultado.


E na realidade, será que as pessoas param pra pensar se aqui no Brasil é assim, quando os políticos se envolvem em escândalos, sempre aparece outra noticia para “abafar” o caso e a população brasileira acaba esquecendo os escândalos e no fim, os mesmos políticos conseguem se reeleger.

Regiane Dogoli Merenda

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mera Coincidência

O filme Mera Coincidência (Wag the Dog), dirigido por Barry Levison e estrelado por Robert De Niro (Conrad “Connie” Bean), Dustin Hoffman (Stanley Motss) e Anne Heche (Winifred Ames), mostra o outro lado, o outro papel do assessor de imprensa, onde entra em questão fazer “tudo” para garantir a imagem do seu assessorado, além do emprego, claro. No filme, o presidente dos Estados Unidos está à beira de uma eleição, buscando se reeleger. Faltando pouquíssimos dias para a tão esperada eleição, o presidente se envolve em um escândalo sexual. O presidente lança aos seus assessores a difícil tarefa: Reverter o jogo, colocá-lo na mídia, porém com uma ótima imagem, conquistar votos, causar uma boa impressão na sociedade. Um produtor de cinema é contratado para dar vida ao projeto do assessores. Um conflito entre Estados Unidos e Albânia foi simulado, neste caso tudo foi válido, desde a contratação de um produtor de Hollywood, cenários, atores e altos valores para cobrir os gastos necessários, afim de afastar o escândalo sexual do presidente dos holofotes da imprensa. Por algumas horas o plano dá certo e o presidente volta a subir nas pesquisas do ibope.



Como tudo na vida, existe o sobe e desce, uma hora em alta outra em baixa e o assessor tem que estar preparado pra tudo. O assessor definitivamente tem que enxergar além, tem que estar preparado para enfrentar uma crise, uma guerra, além de saber quando falar, pra quem falar e o principal, o que falar.


Em Mera Coincidência, conseguimos ver claramente as principais características do filme, embora quando expressei lá em cima que o que estava em questão era o fazer “tudo” pra a garantir o emprego e a imagem do assessorado, nem sempre esse “tudo” está ligado ao exercício de práticas legais, o ilegal muitas vezes e na grande maioria dos casos sempre está em jogo. A postura dos personagens, mesmo se tratando de um filme brilhante que explora bem estes tão complexos aspectos que engloba o dia-a-dia do assessor, mostra exatamente o que não se deve fazer, quebram algumas regras que permeiam a ética do ser jornalista, entretanto, nem sempre dá certo.
 
Elaine Reis

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Assessor de imprensa sempre driblando a crise

“Crise empresarial, pode ser evitada, sim”. Esse foi o tema abordado na Palestra realizada no dia 13 de maio, na Universidade municipal de São Caetano do Sul, para alunos do 4º ano de jornalismo, o evento contou com a presença do jornalista Eduardo Nascimento e do Professor e jornalista Arquimedes Pessoni, sobre como um assessor de imprensa enfrenta uma crise empresarial.


A crise empresarial pode, ou não, ser prevista, nesse caso é melhor ser prevista, pois você consegue planejar como driblar a crise, pois a mesma pode ou não comprometer a imagem da empresa, e o papel do assessor é tentar levar de uma maneira positiva o que está acontecendo para a imprensa.


São vários tipos de crise, mas as mais comuns são os problemas, a má qualidade, acidente de trabalho, escândalos, etc.


Segundo Eduardo, a crise pode ser prevista e assim gerenciada, pois toda empresa deve ter um plano de gerenciamento de crise, pois a mídia sempre estará lá, para um furo de reportagem, e é inevitável fugir dela.


“Têm que mostrar o outro lado da empresa, se é que há outro lado”, afirma o professor Arquimedes Pessoni, mediador do debate.


O assessor tem que enfrentar a crise, mesmo que a sua equipe não ajude com a imprensa, pois este problema sempre irá aparecer principalmente no setor público.


A imagem é um dos valores de uma empresa inatingível, mas quem julga é o próprio público através das experiências pessoais, informações, vivências e influências, no qual é mais fácil alterar a imagem do que a reputação. “Um bom exemplo de imagem, é que os acionistas da Petrobrás têm uma visão muito diferente dos ambientalistas”, diz Eduardo.


Não é possível evitar a divulgação da crise, pois a crise é uma notícia e a empresa não será poupada, mesmo as organizações conhecidas ou de prestigio.


Segundo Eduardo, a crise só é realmente uma crise quando a mídia entra em cena, trazendo à tona todos os problemas prejudiciais a empresa.


É possível evitar a crise principalmente se os fatores forem internos, apesar que nem sempre a causa pode ser controlada.


O palestrante deu dicas do que fazer na crise, uma delas é ter um plano de comunicação para reduzir o impacto causado pela divulgação de notícias de crise, para isso o relacionamento com a mídia deve ser uma atividade planejada.


A assessoria de imprensa deve ser tratada como uma atividade estratégica de inteligência empresarial, e nunca apenas como ferramentas.


Eduardo Nascimento é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo (2003), com especialização em Comunicação Empresarial pela UMESP (2009). Atua em assessoria de imprensa e comunicação interna desde 2001, com experiências nas áreas de saúde e educação.


RENATA LOPEZ CARO DA SILVA

O desafio de superar crises constantes

Quando acontece um fato chocante seja em qualquer área dentro do jornalismo, muitas vezes não imaginamos o quanto isso é difícil para assessores resolverem o momento de crise. Neste intuito, Eduardo Nascimento, assessor de imprensa da faculdade de Medicina do ABC e na área da educação, compareceu no último dia 13, na Universidade de São Caetano do Sul (USCS), dar sua palestra para os alunos do quarto ano de jornalismo.


Atuando desde 2001 na comunicação interna, Eduardo deu exemplos claros de como é complicado para um assessor contornar uma crise. Um fato recente em que Eduardo exemplificou foi em Outubro do ano passado, em longa reportagem do programa Repórter Record da Rede Record de Televisão, onde denunciava esquemas na faculdade em que o assessor trabalha onde pessoas obesas que aguardavam na fila de espera para realizar cirurgia para redução de estômago, pagavam para passar a frente das outras pessoas.


“A partir daí, a ação de um assessor de imprensa se torna fundamental”, explicou Eduardo, que diante de um fato jamais vivido teve que divulgar uma nota de esclarecimento explicando que já haviam aberto uma sindicância para apuração dos fatos e que o médico envolvido no esquema que foi mostrado na reportagem, já havia sido afastado.


O fato acabou repercutindo muito pouco na imprensa e Eduardo afirma que foi muito importante uma ação imediata: “Logo após termos visto a reportagem na TV, foi necessário de imediato uma elaboração da nota de esclarecimento, voltada principalmente para a emissora (no caso a Record) e no dia seguinte já passamos para o departamento de jornalismo dos mesmos”.

A imagem e reputação é outro fator importante em que o palestrante explicou que quanto maior for à marca ou produto, maior fica a responsabilidade do assessor em contornar situação de crise que podem acarretar em problemas na imagem empresarial.

Por fim, Eduardo contou mais algumas histórias em que vivenciou além de responder a dúvidas dos futuros formandos em jornalismo. Em resumo, a assessoria de imprensa na visão do palestrante, mostra que a relação da imprensa com assessores nem sempre é fácil.



Ricardo Trus

Sem crise: futuros jornalistas acompanham palestra sobre abalo nas instituições

Os estudantes do último ano do Curso de Jornalismo da USCS – Universidade Municipal de São Caetano do Sul receberam, na última quinta-feira, dia 13, o jornalista Eduardo Nascimento, da MP & Rossi Comunicação. Assessor de imprensa da Faculdade de Medicina do ABC, do Colégio Singular, entre outras instituições, Eduardo ministrou uma palestra sobre gerenciamento de crise em instituições.

“É importante que toda instituição planeje sua comunicação. Assim, quando algo errado ou fora dos planos acontecer, o responsável pela parte de comunicação estará apto e preparado para lidar com tal situação”, afirmou Nascimento, que iniciou suas explanações enfatizando a importância em se desenvolver um planejamento e segui-lo a risca em total sincronia com os membros da empresa assessorada.

Outro ponto de destaque abordado pelo jornalista é que toda crise é uma notícia e, assim, o assessor deve trabalhá-la de forma a reverter o acontecimento para uma notícia positiva. “É claro que nem todos os casos de crise são possíveis de serem revertidos, mas o jornalista tem que tentar se antecipar a eles, prever o que vai acontecer e noticiar algo positivo”, explicou Eduardo.

Como exemplo, foi citado o caso de um pronto-socorro em Santo André que passaria por uma reforma estrutural. Para atender à demanda, alguns pacientes deveriam se encaminhar para outro local, na mesma rua. Prevendo que alguns pacientes não se encaminhariam diretamente ao novo local de atendimento e que, portanto, o local em reforma ficaria congestionado de pacientes – gerando crise e notícias ruins – a administração cuidou de disponibilizar ônibus de pronto-socorro em reforma para o novo local de atendimento. Nesse caso a assessoria de imprensa se antecipou e divulgou que o pronto-socorro passaria por uma reforma para melhor atender os pacientes e que seriam disponibilizados veículos para os transportarem ao novo local de atendimento enquanto a unidade passaria pela reforma.

Para finalizar Eduardo falou sobre a profissão e deu dicas aos estudantes. “Para quem for seguir na área de assessoria de imprensa é importante estar preparado para tudo. É fundamental estar antenado em tudo que tiver acontecendo na área que estiver atuando e criar uma imagem positiva da instituição”, completou.


Eduardo Nascimento é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo (2003), com especialização em Comunicação Empresarial pela UMESP (2009). Atua em assessoria de imprensa e comunicação interna desde 2001, com experiências nas áreas de saúde e educação. Hoje, integra a MP & Rossi Comunicação e atua diretamente na Faculdade de Medicina do ABC, no Hospital Estadual Mario Covas e no Colégio Singular.

Isaac Ramiris

A pessoa mais preparada para falar

Por: Eric Douglas

Mais uma palestra foi realizada na última quinta-feira (13), para os alunos do quarto ano de jornalismo da USCS, em São Caetano do Sul. O gerenciamento de crise foi o tema escolhido pelo assessor de imprensa da Faculdade de Medicina do ABC, Eduardo Nascimento.


“O que fazer em um momento de crise?”. Essa foi à primeira pergunta do palestrante, que é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo (2003), com especialização em Comunicação Empresarial pela UMESP (2009). Atua em assessoria de imprensa e comunicação interna desde 2001, com experiências nas áreas de saúde e educação.


Se um rojão estourou ou se uma bomba estiver com o pavio aceso prestes a explodir, saiba que decisão tomar. “A empresa deve manter o controle e evitar boatos com ética e transparência”, conta Eduardo. Todos em uma empresa devem falar a mesma “língua”, caso que não acontece no Palmeiras, onde cada um fala uma coisa e as informações viram contradições.


Sua empresa está em crise, o problema foi um acidente de trabalho, produto com defeito, uma sabotagem, boatos maldosos? “As empresas estão preocupadas com a imagem e o gerenciamento de crise pode servir para apagar um incêndio de grande porte ou não. Às vezes é possível administrar uma crise com naturalidade”, diz.


Uma lição importante contra a boataria é manter sempre os funcionários informados, sobre o que acontece na empresa, isso evita o “ti-ti-ti”. Outras dicas foram absorvidas pelos alunos presentes. “É necessário sempre estar preparado para tudo, porque nunca se sabe o que pode acontecer numa crise”, ressalta a estudante, Gabriele Sinelli Martins.


O plano de comunicação de mídia é fundamental na prevenção de uma futura crise empresarial, com ele possíveis “causas” são identificadas previamente. “Um plano é elaborado para se ter uma idéia se a crise vai mesmo ocorrer. Durante a crise é importante que a empresa continue pautando outros meios e sempre manter um bom relacionamento com a imprensa”, ressalta.


“Amenizar os estragos e contorná-los de forma que sua imagem seja preservada é o trabalho desenvolvido por um assessor de comunicação”, lembra o aluno, Felipe Ortega, morador de Santo André. A reputação, imagem da empresa e do profissional de comunicação deve ser preservada com credibilidade, ética e autonomia nos bons e maus momentos.

Sem pânico! Crises empresárias podem ser controladas

Como resolver uma crise empresarial? O assessor de imprensa, Eduardo Nascimento, especializado em comunicação empresarial, foi à USCS na última quinta-feira (13) dar dicas sobre isso. Ele deu uma palestra explicando passo a passo o que deve ser feito.


O assessor começou falando sobre as principais causas de crise e como a empresa deve se portar diante da situação. Ele comentou que tendo um plano “anti-crise”, toda corporação se sairá melhor diante do inesperado (ou não) ocorrido.


Eduardo enfatizou que a imagem das empresas é muito importante tanto para o público interno e externo. A reputação que elas querem passar para esse público, sempre terá que ser positiva, para criar uma boa imagem e relacionamento, e ter um bom feedback. Mas quando essa imagem passa a ser negativa e chega à mídia, a crise acontece. A imprensa nunca vai perder a oportunidade de divulgar uma crise. “Quanto mais importante e conhecida for a organização, maior a chance de enfrentar uma grave crise de imagem”, disse o assessor.

Após explicar sobre a importância da imagem, deu algumas dicas de como evitar ou sair da crise. Ele diz ser necessário um plano de administração e comunicação para saber gerenciar e abafar esse momento difícil, apresentando planos detalhados e comentando que não pode faltar omissão nessas horas, tem que dar a cara a bater. O assessor ainda mostrou exemplos de crise, como um médico que realizava cirurgia bariátrica de forma ilegal e prejudicou a “Fundação do ABC”, por ser professor da universidade.

Enfim, depois de todo seminário alertando sobre os erros e acertos aos alunos, Eduardo Nascimento comentou que para ser assessor é necessário sempre estar atento e preparado para o que aconteça, pois são nessas crises que o assessor terá que mostrar a competência e seu talento para minimizar, o máximo possível, “as porradas” que a empresa em que trabalha, tomará da mídia.

Diego Boscolo. 4° ano, Jornalismo.

Crise, imagem e reputação

Gabriela Sinelli Martins

Na ultima quinta – feira, o assessor de imprensa Eduardo Nascimento, que trabalha desde o começo da carreira na área da saúde, mostrou para os alunos de jornalismo da USCS (Universidade São Caetano do Sul) como encarar uma crise empresarial.

O assessor iniciou a palestra enfatizando que toda empresa deve ter um plano de administração, pois só assim ela poderá estar mais preparada para uma possível crise.


A imagem e a reputação andam juntas, em um escândalo empresarial, muitas vezes tudo pode acabar mal,assim fazendo com que os assessores tentem amenizar a situação, com notas dirigidas a imprensa ou optando pelo silêncio, que em alguns casos pode ser a melhor escolha.

Nascimento lembrou que toda crise é uma noticia e que o gerenciamento da mesma só pode ser feito através do plano de comunicação e que a mídia deve ser vista como parceira estratégica. Muitas vezes a crise pode ou não ser prevista. Na maioria das vezes o imprevisto é mais difícil de ser contornado.

A imagem é um dos intangíveis de uma organização. A empresa costuma ter várias imagens, que são dividas em três partes. A pretendida, a que a companhia gostaria de ter junto ao seu público, imagem real, o que ela verdadeiramente é e por último a auto-imagem, como a própria empresa se vê.

Nascimento passou algumas dicas que os futuros assessores deveriam ter sempre anotado, mostrando que para trabalhar em uma assessoria de imprensa é necessário estar preparado para tudo, porque nunca se sabe quando uma pode acontecer uma crise.

Resolvendo uma crise

Felipe Ortega

Seu dia parece tranqüilo, até que um acontecimento fora do normal põe você e toda sua equipe num momento de alerta total. Em meio a uma crise o que eu fazer? È isso que levou o jornalista Eduardo Nascimento, especializado em comunicação empresarial, a comparecer na Universidade Municipal São Caetano do Sul, sala do quarto ano de jornalismo.

A necessidade de uma assessoria de imprensa para uma empresa pode ser fundamental nessas horas de apreensão. Qualquer atitude que possa ser vista como irregular pela imprensa e acabe por prejudicar a imagem da empresa pode ser contornada por alguns aspectos que Eduardo põe em sua palestra.

O preparo cauteloso do material que vai ser passado para o público externo, uma boa relação com seus funcionários e proximidade com a mídia são assuntos prioritários para que uma crise possa ser gerenciada. Toda crise vira notícia quando se trata de uma grande empresa e dificilmente ela será escondida devido ao imenso mundo tecnológico que há hoje em dia. Dessa forma, é possível admitir que praticamente toda organização passará por uma crise ou inúmeras crises, logo estar preparado é a solução.

Um plano de comunicação e fundamental para esse momento. Agilidade, interatividade com a imprensa, abastecendo-a sempre com as informações necessárias, mas tomando sempre o cuidado para evitar desencontro delas, por parte dos agentes que gerenciam a crise, a fim de minimizar a boataria, são coisas que precisam ser colocadas em práticas nesses momentos.

Conhecimento dos veículos de comunicação que você atende e ter um porta-voz habilitado, pessoas com uma certo poder de credibilidades e autoridade deve ser o escolhido, para momentos de pressão e boa troca de palavras com os jornalistas insistentes são necessário para que a crise seja conduzida de forma “tranqüila” pela empresa. Trabalhar como fonte e não como ponto de notícia é o modo como a assessoria deve se manter.A imagem da empresa é no final das contas o essencial, o mais importante.Mesmo que a crise tenha acontecido de forma grande, a preservação dela é fundamental para que a crise não seja o fim da empresa. No final é preciso aprender com a crise.


Eduardo Nascimento, que hoje é assessor de imprensa da Faculdade de Medicina de Santo André, implantou em diversas situações esse plano de gerenciamento de crise. Mostrando durante a palestra na prática sua utilização e utilidade. E deixa claro a importância de haver uma assessoria de imprensa numa empresa. Amenizar estragos e contorná-los de forma que sua imagem seja preservada é o trabalho desempenhado por eles.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Trintão no cenário teatral

Ghost Writter – Amanda Sakumoto


Em julho de 1979 nascia, no Rio de Janeiro, o grupo Teatro Amador Produções Artísticas, liderado pelo diretor Eduardo Tolentino de Araújo, fazendo o chamado teatrão, ou melhor, teatro realista. Em 1986, transfere-se para São Paulo, ocupando como sede o Teatro Alinça Francesa.


Baseado nas técnicas de Stanislavsky, o teatro realista trabalha sem o conceito de estereótipo, o ator vive o personagem mesmo nos bastidores. Enquanto não se iniciam as gravações o ator continua trabalhando o personagem. Esta técnica é muito utilizada nas telenovelas brasileiras.


Desde julho do ano passado, o Grupo Tapa comemora os seus 30 anos de existência, e durante um ano fará reapresentações de suas peças. Em agosto serão apresentadas peças inéditas no Festival Pirandello.


O TAPA contribui muito com o cenário teatral do país. É o maior grupo de São Paulo. As “crias” do TAPA estão espalhadas pela TV afora, como o ator Rodrigo Lombardi. E ganham prêmios, como o Shell e o APCA.


O TAPA também possui cursos de atores iniciantes ministrados por atores mais velhos. Alguns alunos são escolhidos para fazer pequenos papéis em peças do grupo, um papel de maior destaque só é conquistado quando o ator atinge uma maturidade profissional.


Ultimamente têm-se mudado um pouco esta conduta, alguns atores novos representaram papéis de destaque. Foi um teste que, por enquanto, deu resultado positivo.


São trinta anos de teatro bem feito, formando uma geração de expectadores, levando muita gente ao teatro. Infelizmente o público que acompanha o TAPA é formado por pessoas mais antigas. O desafio do grupo, hoje, é manter o seu lado tradicional, mas acrescentar elementos modernos e se adaptar ao contemporâneo. Tudo para conquistar um público mais jovem!

Grupo Tapa é sinônimo de coragem

Por: Renata Lopez

Para quem conhece o grupo Tapa, sabe que nenhum outro grupo teatral do Brasil teve a coragem, a determinação e as condições que teve o TAPA. Já para quem não conhece, é com imenso prazer que vos apresento “O Teatro Amador Produções Artísticas- TAPA”. Seu teatro é realista e muito importante no meio teatral por primar por qualidade nas suas montagens. Usa técnicas de Stanislavski e seus atores são conhecidos pela precisão na interpretação.


Atualmente faz 30 anos e começou suas comemorações em julho passado buscando um novo relacionamento com seu público atual, ou seja, os jovens e não apenas para quem entendem de teatro, críticos e diretores, mas sim trazer a cultura para os mais afastados.


O grupo totalmente estável é liderado pelo diretor Eduardo Tolentino de Araújo, e foi fundado em 1979, no Rio de Janeiro.


Grandes criações surgem como Viúva em 1983, Porém Honesta, de Nelson Rodrigues, e Pinóquio, de Carlo Collodi,1984. No ano seguinte abre o Festival de Teatro Brasileiro.


Ainda em 1986, o grupo deicidiu transferir-se para São Paulo, ocupando, como sede, o Teatro Aliança Francesa, por quinze anos. A Mandrágora, de Maquiavel, e Solness, o Construtor, de Henrik Ibsen, em 1988, demonstram sua dedicação aos clássicos, e aprimoraram os recursos e a linguagem do conjunto.


Tais procedimentos consolidam-se, em 1989, com as encenações de Sr. de Porqueiral, de Molière, e Nossa Cidade, de Thornton Wilder. Em 1990, o TAPA realiza uma encenação de peso: As Raposas do Café, incursão grotesca e debochada sobre os primórdios da economia cafeeira, de Celso Luís Paulini e Antônio Bivar. Em 1991, faz sua própria leitura de A Megera Domada, de William Shakespeare; um cabaré lírico sobre poemas e canções de Jaques Prévert em As Portas da Noite, e um espetáculo corrosivo com texto de Plínio Marcos, Querô, uma Reportagem Maldita.


Têm um grande reconhecimento no teatro com peças realistas, no qual já ganhou mais de 60 prêmios.


Este ano em janeiro ocorreu o Panorama do Teatro Brasileiro 2ª geração - com peças do repertório do TAPA e de grupos que tem ligação com TAPA (alunos e atores do TAPA que dirigem outros grupos). A extensão no título - 2ª geração - já aponta para o que diferencia a mostra que teve inicio dia 21 de janeiro de 2010. Atores que fizeram praticamente toda sua carreira teatral no Tapa, como Clara Carvalho, Sandra Corveloni e Brian Penido, assinam a direção de três espetáculos, Valsa nº 6, de Nelson Rodrigues; As Viúvas, de Arthur Azevedo; e Pedreira das Almas, de Jorge Andrade. "Desta vez, a maioria é de produções ligadas ao Tapa, mas criadas fora do grupo. Mão na Luva foi montada pelos atores (tem concepção e interpretação da dupla Isabella Lemos e Marcelo Pacífico), o que a gente fez foi só uma supervisão crítica durante o processo. "Com exceção de As Viúvas e A Moratória (dirigida por Tolentino), as outras são produções independentes, o grupo deu algum tipo de apoio apenas. Atores importantes que passaram pelo TAPA inclui também: Rodrigo Lombardi, Zé Carlos Machado, Walter Breda, e atores que continuam no grupo: Dalton Vigh, Bárbara Paz, Beatriz Segall, entre outros.


Estreou em Abril sua mais nova produção: Vestir os nus, de Pirandello, O texto escrito em 1922 por Luigi Pirandello fala sobre a tentativa de suicídio de uma criada, através de várias versões dos personagens envolvidos e do próprio espectador. A apresentação é considerada um “clássico de teatro moderno”.


É responsável por uma geração de espectadores apaixonados por teatro e agora busca novos espectadores com montagens bem acabadas e de textos modernos como "Cloaca", a peça mostra o encontro circunstancial de quatro amigos de juventude no apartamento de um deles. Todos estão na faixa dos quarenta, todos trabalham para o Estado e todos falam "cloaca!" quando se encontram, rememorando um antigo código interno ao grupo dos tempos de faculdade. André Garolli, 42, Brian Ross, 49, Dalton Vigh, 45, e Tony Giusti, 49, são os atores mas são também amigos de longa data, assim como Maarten, Jan, Tom e Pieter, seus personagens. A aparição feminina na peça é breve uma prostituta russa contratada para divertir homens à beira de um ataque de nervos-, mas o olhar da mulher sobre o mundo masculino é constante no texto de Goos.


Em parte, o prestígio do TAPA no panorama do teatro brasileiro deve-se à alta definição do projeto artístico do grupo. Trabalhando sobre textos dramáticos de qualidade excepcional e explorando as conexões entre estilos consagrados e formalizações contemporâneas, o repertório do grupo, visto em perspectiva, converge para um núcleo ideológico onde o tema central é a responsabilidade do indivíduo na ordenação social. No tratamento cênico dado à literatura dramática do passado, o grupo tem procurado evidenciar não só a beleza das obras que permanecem como um patrimônio venerável, mas o modo como registram condições de vida que não conseguimos superar, ainda que os autores do passado as tivessem considerado, no tempo da escritura, estados contingentes da sociedade e da história.

Legenda da Foto: André Garolli, Brian Penido Ross, Dalton Vigh e Tony Giusti em cena de "A Cloaca". (2009)

Foto: divulgação

Com vocês o tradicional TAPA

Um grupo de nome tradicional que se torna contemporâneo. O Teatro Amador de Produções Artísticas, se torna simplesmente o TAPA. O nome se torna contemporâneo, mas, o teatro se mantém tradicional. E assim o grupo TAPA completa 30 anos, de peças infantis à realistas, com atores experientes e jovens e se torna o maior grupo tradicionalista do país.

Fundado no Rio de Janeiro em 1979, onde permaneceu até 1986, quando partiu para São Paulo, o grupo é liderado por Eduardo Tolentino de Araujo e leva na bagagem mais de 40 peças. Nessa trajetória, ficaram marcadas interpretações de textos clássicos da dramaturgia nacional e internacional.

Em comemoração ao aniversário, o TAPA apresentou o Festival de Repertório, onde reapresentaram peças que já foram sucesso no grupo. Como sempre é TAPA pra todo lado, o grupo apresentou também o Festival Pirandello, onde apresentou peças baseadas nos contos do autor italiano inéditos no Brasil.

Alguns atores consagrados são crias do TAPA, como Rodrigo Lombardi, que, ao fazer sucesso, levou o grupo à mídia. Sem contar as participações de atores consagrados como Beatriz Segall, Dalton Vigh, Barbara Paes, entre outros.

Para iniciar na vida de ator, muitos buscam escolas de teatro como a que é oferecida pela companhia que dá a oportunidade de jovens atores aprenderem com os experientes e, muitas vezes, contracenarem com eles.

Atualmente, o TAPA está em cartaz com a peça "CLOACA" que conta com a participação de André Garolli, Brian Ross, Dalton Vigh, e Tony Giusti. A peça é uma comédia escrita pela holandesa Maria Goos em 2002 e fala sobre quatro amigos quarentões. Apesar de falar sobre coisas de homem, o texto de Maria Goos mostra muito o ponto de vista da mulher em relação ás coisas de homem.

Será preciso um TAPA para esta geração acordar para a vida e prestigiar o teatro? Se for assim, tudo bem, pois talento é o que não falta para que o grupo consiga espectadores.

Ghost Writer - Thamiris Salim

Lapidando talentos em mais de três décadas de magia

por: Eric Douglas

O Teatro Amador Produções Artísticas (TAPA), foi criado no Rio de Janeiro, em 1979, e veio para São Paulo, em 1986. O grupo comemora mais de três décadas de pura magia, sempre em busca de novos talentos para a dramaturgia, o desafio agora é renovar o público e manter o carisma com o público já conquistado. Conhecido como um grupo que faz teatro realista, pelo sistema de dramaturgia do russo Constantin Stanislavski (1863-1938), que destaca o realismo psicológico e a vivência de emoções autênticas pelos atores.

O diretor Eduardo Tolentino e sua mãe, Lola Tolentino são uns dos fundadores do grupo, ele escreveu algumas peças que fizeram as cortinas do TAPA se abrirem para ganhar uma notoriedade no cenário nacional como: Apenas um Conto de Fadas,Viúva, porém honesta de Nelson Rodrigues. E no Festival de Teatro Brasileiro, com encenações de autores nacionais, como Martins Pena, O Noviço, e Artur Azevedo, A Casa de Orates. As histórias que o grupo criou foram convertidas em mais de 60 prêmios, Shell, PCA, Moliére, entre outros.

A magia do contemporâneo é retratada com a comédia dramática com o texto “Cloaca”, da holandesa Maria Goos, que revela a história de quatro amigos quarentões em situações decisivas. Pieter (Tony Giusti), um funcionário público gay, rouba obras de arte da prefeitura. Tom (Dalton Vigh) é um advogado viciado em cocaína e tenta trabalhar com publicidade. Jan (André Garolli), político com chances de virar ministro, está em crise no casamento, enquanto o diretor de teatro Marten (Brian Penido Ross) vive o estresse de uma estréia. Na peça, os quatro se vêem em situações que testam os limites entre amizade e egoísmo. A montagem estreou em agosto do ano passado e fica em cartaz até o dia 13 de junho no Teatro Imprensa.

Em janeiro foi realizada uma comemoração com o Panorama do Teatro Brasileiro, segunda geração. O Maior grupo de teatro de São Paulo detesta ser intitulado de “brega”, o charme do teatro realista apresenta a peça Pirandello, que o grupo vai estrear chama-se, “Vestir os nus”.

Na caça de talentos e em busca de se reinventar, o TAPA faz uma aposta na pós-modernidade líquida de Zygmund Bauman. As peças que no passado tiveram mais de três horas de duração, hoje duram cerca de uma hora e meia. O público do TAPA está envelhecendo e a solução parece ser os novos cursos para atores disponibilizados gratuitamente. Vale ressaltar, que para ser um ator ou atriz do grupo TAPA, não é necessário formação acadêmica.

Tradição e renovação brigam em palco

Em 1979, o Teatro Amador Produções Artísticas nascia para uma nova era.

Inspirados no russo Constantin Stanislavski, o TAPA provocou espectadores com louvor a essência do realismo e a vivência de emoções autênticas.

Atuando há mais de 30 anos, o TAPA recebeu mais de 60 prêmios. Entre eles o prêmio Shell, Funarte, APETESP e muitos outros. Respeitado no ramo teatral, o grupo ajudou alavancar grandes talentos, como o ator global Rodrigo Lombardi, e Clara Carvalho, vencedora do prêmio Shell de melhor atriz em 2001 com a peça “Os órfãos de Jânio”.

Estreando com a peça “Vestir os Nus”, um clássico do teatro moderno, escrita em 1922 por Luigi Pirandello o grupo TAPA inicia suas atividades com um novo festival de peças voltadas para o público jovem. Eduardo Tolentino de Araújo, um dos fundadores e diretor do grupo, torceu o braço durante muitos anos para adotar uma nova proposta de entreter também o público jovem.


A nova bandeira levantada pelo TAPA visa expandir seu público e lucro, já que os atores, salários e a infra-estrutura do TAPA são pagos com a bilheteria.

Artistas por natureza, dentro e fora dos palcos, o grupo se desdobra em novas peças, agora mais rápidas e leves, voltada para os jovens. Um exemplo é a peça “Cloaca”, de Maria Goos, que mostra a história de quatro amigos em situações constrangedoras e decisivas. Pieter (Tony Giusti) é um funcionário público gay que rouba obras de arte da prefeitura. Tom (Dalton Vigh) é um advogado viciado em cocaína e tenta trabalhar com publicidade. Jan (André Garolli) é um político com chances de virar ministro, mas está em crise no casamento, e o diretor de teatro Marten (Brian Penido Ross) vive o estresse de uma estréia.

“Cloaca”, que estreou em agosto do ano passado, fica em cartaz até o dia 13 de junho no Teatro Imprensa, SP.

O “Teatrão” do grupo TAPA (utilizado por peças conservadoras e realistas) comemorou seus 30 anos de existência renovando suas peças feitas nos anos anteriores e promete repercussão e controvérsias com peças baseadas no autor italiano Luigi Pirandello, formando o Festival Pirandello.

Além de apresentar peças que buscam a reflexão da identidade dos espectadores através do realismo clássico e expressões corporais contemporâneas, o grupo ainda tem quatro cursos para atores, que são ministrados pelos próprios atores residentes do TAPA e por seu diretor Eduardo Tolentino de Araújo.


Ghost Writer - Rudá Pereira da Costa

Grupo TAPA- 30 anos de espetáculos

O Teatro Amador Produções Artísticas(TAPA) foi fundado em 1979 no Rio de Janeiro por Eduardo Tolentino, diretor do Grupo. O TAPA veio a São Paulo em 1986 e a primeira peça de grande sucesso foi “Apenas um Conto de Fadas”.

O TAPA oferece 4 cursos para os atores que estão iniciando a carreira artística sobre as técnicas teatrais de Constantin Stanislavsky , para que eles demonstrem em palco suas emoções.

O TAPA já recebeu espetáculos de dramaturgos como Nelson Rodrigues, José Wilker, Sandra Coverloni, entre outros. Ainda recebeu prêmios como Shell, APCA e também do Festival Nacional de Teatro.

Atualmente, o TAPA tem 6 peças em exibição. Entre elas, a peça “Cloaca” que tem no elenco o ator Dalton Vigh e conta a história de amigos que se conheceram na universidade. Daí saíram atores que atingiram o ápice na TV brasileira. Caso do ator Rodrigo Lombardi, que fez a novela “Caminho das Índias” na Rede Globo.

Neste ano, O TAPA apresentou o Panorama do Teatro Brasileiro, peças de autores consagrados da dramaturgia brasileira exibidas em comemoração aos 30 anos do Grupo. E, também está acontecendo o Festival Luigi Pirandello, que tem uma de suas obras em cartaz: “Vestir os Nus”.

Sucesso de público e adaptações, o Grupo TAPA fez nestes 30 anos a alegria de muitas pessoas e a formação de grandes talentos.

Antônio Ribas

Grupo Tapa faz trinta e um anos de trajetória com uma boa bagagem

Desenvolvendo um ótimo trabalho ao longo dos anos, o diretor Eduardo Tolentino comemora com o grupo os 31 anos de existência.

Em 1979, no Rio de Janeiro, nasceu o grupo que a décadas marca o teatro brasileiro, o Teatro Amador Produções Artísticas (TAPA) estreando com o infantil Apenas um Conto de Fadas, de sua autoria, seguido das peças Uma Peça por Outra, de Jean Tardieu, em 1980; O Anel e a Rosa, de William Makepeace Thackeray, em 1981, e Trágico Acidente Destronou Tereza, de José Wilker, em 1982. Mas foi em 1983 que surgiram as criações que fez o grupo se fortalecer, como Viúva, Porém Honesta, de Nelson Rodrigues, e Pinóquio, de Carlo Collodi, de 1984. No ano seguinte, o TAPA abriu o Festival de Teatro Brasileiro, projeto de muitos anos, realizando a peça O Noviço, de Martins Pena; Caiu o Ministério, de França Jr, com direção de Celso Lemos; e A Casa de Orates, de Artur Azevedo.

Em 1986 o grupo passa para São Paulo, ocupando o Teatro Aliança Francesa, por quinze anos. A Mandrágora, de Maquiavel, e Solness, o Construtor, de Henrik Ibsen, em 1988, demonstram uma dedicação à linguagem clássica.

No ano de 1990, o TAPA realiza uma bela atração, As Raposas do Café, de Celso Luís Paulini e Antônio Bivar. Em 1991, A Megera Domada, de William Shakespeare; poemas e canções de Jaques Prévert em As Portas da Noite, e um belo espetáculo com texto de Plínio Marcos, Querô, uma Reportagem Maldita.

O grupo volta a focar no teatro realista em 1993, com Senhora Klein, de Nicholas Wright, e um ano depois é refeito Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues. Em 1995, tivemos Corpo a Corpo, de Oduvaldo Vianna Filho; homenagearam Jorge Andrade fazendo Rasto Atrás e com mais um texto de Plínio Marcos, é realizado um forte espetáculo com Navalha na Carne; em 1997. Quando completaram vinte anos (1999), foi encenado A Serpente, de Nelson Rodrigues, junto com As Viúvas, pequenos textos de Artur Azevedo e uma adaptação de Maupassant, Contos de Sedução, em 2000.

No ano de 2001, o grupo interpreta Os Órfãos de Jânio, de Millôr Fernandes; Major Bárbara, de Bernard Shaw, e A Importância de Ser Fiel, de Oscar Wilde, protagonizado por Nathália Timberg, em 2002. No mesmo ano, realiza Executivos, texto do ator, encenador contemporâneo Daniel Besse. E em 2003 teve o espetáculo A Importância de ser fie, de Oscar Wilde, cujo elenco era Barbara Paz, Nathalia Timberg, Dalton Vigh, Etty Fraser entre outros.

Pela falta de referencia do teatro nacional, o grupo promove desde 2007 encontros diários com diversos grupos de atores profissionais, que queiram discutir rumos para o teatro brasileiro. Os mesmos têm feito uma série de leituras abertas ao público.


Em 2008, teve Retratos Falantes I e II; do inglês Alan Bennet, no ano seguinte o Tapa estava ficando mais velho e essas três décadas é comemorada até hoje. Em 2009 foi a vez de Cloaca, de Maria Goos e Valsa número seis, novamente de Nelson Rodrigues ficarem em cartaz.

O grupo está em cartaz com o espetáculo Vestir os Nus, de Luigi Pirandello. O texto escrito em 1922, fala da tentativa de suicídio de uma criada, com várias versões de personagens e com o próprio espectador.


Não se trata simplesmente de produzir ou atuar, se trata de um conjunto de trabalho escolhido e sempre buscar melhorar e disso o grupo entende. Afinal com trinta e um anos de estrada e dono de mais de 60 prêmios, como Shell, Funarte, Apca e Apetesp, o Tapa conquistou uma trajetória reconhecida por muitos, pelo respeito, qualidade, repertório e na maioria das vezes se dedicando à dramaturgia.


Legenda: Peça "A Importância de ser fiel" de Oscar Wilde (2003)
Foto: Divulgação


Regiane Merenda

31 anos de tradição no teatro

Nascido no Rio de Janeiro, o Grupo TAPA, Teatro Amador Produções Artísticas é conhecido por sua competência no cenário artístico nacional. Fundado no ano de 1979, pelo carioca Eduardo Tolentino, o grupo deu seus primeiros passos em uma universidade carioca e ganhou destaque com a peça “Apenas um conto de fadas”. A influência surgiu do método Stanilasvsky, que é conhecido como um teatro realista, onde os atores entram em contato com os seus próprios sentimentos. O grupo se dedicava, inicialmente, a peças infantis.


Em 1986 o TAPA migrou para a cidade de São Paulo, em busca de sucesso. E conseguiu. No currículo do grupo já somam mais de 40 espetáculos, com textos de autores como Nelson Rodrigues, Domingos de Oliveira e Millôr Fernandes. Sem contar os vários prêmios conquistados no cenário nacional.


Um dos aspectos positivos que levaram o TAPA ao alcançar a hegemonia se dá pelo fato de manterem seus atores por bastante tempo. Com isso, estabelece- se uma relação harmoniosa entre os membros do grupo.


Atualmente o grupo conta com uma geração de expectadores, em sua maioria, antigos. E é justamente esse o principal desafio do TAPA. Tentar conquistar o público mais jovem.


Em busca desse objetivo, o grupo estreou a peça “Cloaca”, com o texto da holandesa Maria Goos. O espetáculo mostra o encontro de quatro amigos que se conheceram quando jovens, no apartamento de um deles, onde agora, todos estão bem mais velhos e trabalhando para o Estado.


Além disso, outra maneira de atrair esse público foi a volta da realização do projeto “Panorama do Teatro Brasileiro - 2ª Geração”, que teve a sua primeira exibição no começo da década de 80.


A mais nova peça em cartaz chama- se “Vestir os nus”, de Luigi Pirandello, escrita em 1922, considerada um clássico do teatro moderno.

PAULO ROBERTO MESSIAS DE ARAUJO

O famoso grupo TAPA completa 30 anos de fábula

Reconhecido por ter sempre bons atores e, por formar novos profissionais, além de oferecer ao publico sempre um verdadeiro espetáculo, o grupo TAPA Teatro Amador Produções Artísticas, foi criado pela família Tolentino, no dia 10 de julho de 1979, no Rio de janeiro.


No decorrer de seus 30 anos, a companhia acumulou premiações importantes, mas atualmente o grupo atrai apenas os mais apaixonados pelo teatro, praticando um teatro contemporâneo realista, o TAPA busca uma nova geração de espectadores para se manter no cenário nacional e para isso, foi elaborado um novo festival de espetáculos, sem abandonar, é claro, o estilo clássico de “teatro de dramaturgia”.


Hoje o grupo é conduzido pelo diretor Eduardo Tolentino de Araújo, é conhecido também por acreditarem em novos talentos, investirem em pesquisas e análises.


E fornece cursos para atores iniciantes, os cursos são dados por atores mais velhos, Eduardo faz testes para analisar o desempenho dos atores que estão iniciando agora e, com isso dá a oportunidade de um deles estrear em uma de suas peças.


Com mais de 40 peças montadas , elaboradas,e , para iniciar as comemorações deste ano, o grupo preparou para o inicio da temporada, vários “remakes” de peças que ao longo dos anos fizeram parte da historia da companhia, porém com uma releitura um tanto quanto diferente, sempre com textos contemporâneos, dramáticos e de um espetáculo excepcional, que acaba mexendo com a emoção de qualquer pessoa, o TAPA até hoje um dos grupos de teatro que contribuiu com o cenário teatral e, por criar peças da literatura dramática.


Atualmente o grupo está com a peça “ Vestir os nus”, escrita em 1922 por Luigi Pirandello, é um clássico do teatro moderno.


A tentativa de suicídio de uma insignificante criada é dissecada pelo autor de “Seis personagens a procura de Autor”, através de várias versões das personagens envolvidas e do próprio espectador.


PEDRO PAULO LUCAS MAGALHAES

Participe desta festa

Ghost Writer: Amanda A. Dotto

Desde meados de 2009 o Grupo Tapa (nascido Teatro Amador Produções Artísticas) comemora seus 30 anos de existência.

Fundado em 1979, no Rio de Janeiro, o grupo ficou instalado na cidade maravilhosa até 1986, quando se estabeleceu definitivamente em São Paulo.

Liderado por Eduardo Tolentino de Araújo, a confraria desenvolve um trabalho rigoroso, voltado para um ‘teatro de dramaturgia’ e essencialmente realista.

O TAPA tem a tradição de revelar novos rostos e talentos, principalmente por meio do Curso do Tapa, que busca ensinar e descobrir aptidões.


O grupo que já produziu mais de 40 peças, com um time de jovens, fiéis e talentosos atores, que se revezaram com o passar do tempo é conhecido por sua coragem e determinação, pois sempre fugiu do óbvio, do lugar comum e do modismo seguido por tantos outros grupos.

E vale ressaltar ainda a importância do grupo, que dono de um dos maiores repertórios do Brasil contribuiu, e muito, para a cena teatral.

E como parte da comemoração de 30 anos, o Grupo realiza a releitura de contos do autor Luigi Pirandello, além da comédia contemporânea baseada no texto da holandesa Maria Goos. A peça ‘Cloaca’ - voltada para o público jovem, nicho que o grupo busca atrair - conta a história de 4 amigos que passam por situações decisivas em suas vidas. São eles Tony Giusti, André Garolli, Brian Penido Roos e o famoso nas telinhas Dalton Vigh.


Venha comemorar!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

TAPA – TEATRO DE QUALIDADE

Um teatro que renovou a cena dos palcos brasileiro, trouxe peças contemporânias e realistas TAPA - Teatro Amador Produções Artística trabalha com qualidade e dedicação.


Surgindo do Rio de Janeiro a 30 anos atrás simplesmente por um grupo de amigos da faculdade, hoje torna-se um dos espetáculos mais respeitados e sobretudo pela qualidade do repertório na cena teatral, com cinco atores atuando hoje Brian Penido, Malu Bazan, André Gazolli, Sandra Corveloni e Carla Crarvalho liderado pelo diretor Eduardo Tolentino de Araújo.


O projeto do grupo artístico deve-se à aos trabalhos de textos dramáticos de qualidade consagrado pela formalização contemporânia evidenciando não só a beleza das obras mas também a responsabilidade do indivíduo na ordenação social, modo como registram condição de vida que não conseguimos superar.


No início dos anos 80 havia peças como "O Noviço" de Martins Pena; "Caiu o Ministério" de França Junior; e "Casa de Orates"de Arthur de Azevedo, após a transferência para São Paulo no fim da década de 80, ganharam espaço e passaram a ter uma sede fixa, o Teatro da Aliança Francesa, com isso embarcaram com 14 peças entre elas grande produções como "Vestido de Noiva" de Nelson Rodrigues.


A trajetória do grupo TAPA tem contribuido para um teatro de qualidade, em todos os espetáculos até a troca de cena fazem parte da peça, hoje o grupo transformou uma nova geração de jovens que vai ao teatro, mas ainda não é o suficiente e acreditam no que faz, continuam fazendo bem, não politicamente mas simplesmente bem feito.
 
Maria Izabel Perez

Grupo Tapa comemora mais um ano de existência em busca de novos desafios

Teatro: uma palavra derivada do grego Theamoai, que tem como significado olhar com atenção, perceber, contemplar. Neste intuito, foi criado o grupo TAPA (Teatro Amador Produções Artísticas) que tem como Eduardo Tolentino o seu orientador e sua mãe Lola, fundado em 1979, no Rio de Janeiro.

Pegando o gancho de Constantin Stanislavski, um dos maiores diretores e atores do século XX, reconhecido mundialmente por um grande talento, Eduardo se utilizou de tais técnicas para estrear o espetáculo infantil “Apenas um conto de fadas”, onde surgiu cada vez mais idéias para que o dramaturgo alcançasse o seu estrelato e reconhecimento dentro deste “Mundo teatral”, totalizando até o momento 40 peças ao longo destes 30 anos.

Em 1985, o grupo abriu o Festival de Teatro Brasileiro que até hoje é sucesso e a cada ano está em um estado sendo bem representado. E ao longo destes 25 anos de teatro, formou-se uma boa geração de espectadores, onde o foco atualmente é cada vez mais atrair o público jovem, tanto para a platéia, como buscar novos talentos dentro deste espaço. No ano seguinte ao Festival, o grupo passou a sua sede para São Paulo, onde atualmente têm grande destaque dentro do cenário teatral.

Atualmente, há 4 cursos para atores que são lecionados por atores mais experientes, mas que ao longo dos anos por um fato extremamente triste têm feito com que Eduardo dê até para atores mais jovens, um papel de maior destaque dentro das suas peças teatrais. Em um dos seus cursos, Eduardo sempre via que um ator muito jovem tinha muito talento para a profissão, mas para não deixar “empolgado” nunca lhe deu um papel de grande destaque, e este jovem veio a falecer, fazendo com que esta linha de pensamento até mesmo dentro do grupo, fizesse com que fosse modificada.


Também não podemos esquecer que já saíram do grupo grandes talentos como o ator Rodrigo Lombardi, e Clara Carvalho, vencedora do prêmio Shell de melhor atriz em 2001 com a peça “Os órfãos de Jânio”.

Detentor de mais de 60 prêmios, o grupo Tapa tenta sempre trazer em suas peças algo que seja divertido, que traga aquela beleza que sempre se espera de um grande espetáculo, mesmo que não seja algo necessariamente político e que polemizem questões do nosso cotidiano.

Atualmente o grupo está em cartaz com uma peça chamada “Vestir os Nus”, que teve sua estréia no dia 22 de abril no Teatro Municipal de São Carlos, trazendo um clássico do teatro moderno, que foi escrito por Luigi Pirandello em 1922.

O grupo TAPA é um dos maiores grupos teatrais brasileiros e que jamais perdeu sua essência e determinação para demonstrar para todos, que é possível sim, fazer um teatro de qualidade, com talento, dedicação e muito empenho por parte de todos.


Legenda da foto: Elenco da peça “A moratória” realizado em 2008
Foto: Divulgação



Ghost Writer: Ricardo Constantino Trus

Grupo Tapa comemora 31 anos de atividades.

O Grupo Teatro Amador Produções Artísticas (TAPA) comemora 31 anos de um trabalho estável.

Com uma dramaturgia considerada de qualidade entre os mais renomados nomes de artistas e produtores Teve seu inicio em 1979, na cidade do rio, mais depois de alguns anos percebeu que o solo paulistano iria render mais oportunidades, liderado pelo diretor Eduardo Tolentino de Araújo que já dirigiu diversas peças ao longo desse tempo.

Em comemoração o Grupo Tapa começou em janeiro uma nova mostra, o Panorama do Teatro Brasileiro – 2ª Geração, mostra que apresenta sete montagens do grupo e de outros coletivos formados a partir do Tapa. A companhia, apresenta as peças de seu repertório no Viga Espaço Cênico. O grupo tapa foi ganhador de vários prêmios ao longo do tempo e conseguiu ganhar mais de 60 prêmios dentre eles, Moliére, Shell, Mambembe/Funarte, Apca e Apetesp.

O grupo e reconhecido pelo seu talento e por ter apresentado mais de 40 peças, em sua maioria utilizando a técnica contemporânea e realista. Este ano o grupo também estréia a peça “Vestir os Nus”, um clássico do teatro, escrito por Luigi Pirandello.

Com um público fiel mais que está envelhecendo o grupo tenta alcançar mais um objetivo, o de atrair os jovens para o teatro; e assim conseguir mostar o quão interessante pode ser assistir uma peça de teatro.

AMANDA GABRIELE FABIANO GUIMARAES














Grupo TAPA comemora 31 anos de sucesso

Em 1979 nasce no Rio de Janeiro, o Teatro Amador Produções Artísticas, fundado por Eduardo Tolentino. O grupo estreou com um conto infantil “Apenas um Conto de Fadas”, e em 1986 o grupo migrou para São Paulo ficando conhecido como TAPA, que no ano de 2010 completa 31 anos de muito sucesso, já ganhou vários prêmios e formou grandes atores.

Para comemorar os 31 anos, em janeiro o grupo começou com o projeto “Panorama do Teatro Brasileiro”, que apresenta peças de dramaturgos brasileiros encenados por atores do grupo TAPA, que segundo Tolentino é uma forma de trazer referência para o teatro nacional.


Também estreou a peça “Cloaca”, com o texto da holandesa Maria Goos. A peça mostra o encontro de quatro amigos de juventude no apartamento de um deles, onde todos estão na faixa dos quarenta e todos trabalham para o Estado. Com a peça o grupo pretende atingir o público mais jovem, sem se esquecer daqueles que sempre acompanharam suas peças. A idéia é fidelizar o público antigo e trazer essa nova geração de jovens para dentro do teatro, para isso o teatro vem se adaptando, fazendo peças mais curtas que prenda a atenção do público.

Ao longo dos anos o grupo já produziu mais de 40 peças, e é um dos mais respeitados do país. E para manter o sucesso, o grupo investe em novos talentos, tendo quatro cursos para atores que estão começando, e já revelou grandes nomes como Rodrigo Lombardi.

Este ano o grupo também estréia a peça “Vestir os Nus”, um clássico do teatro, escrito por Luigi Pirandello. A peça é uma obra realista, trata-se de um monólogo que tem como tema a tentativa de suicídio de uma criada, através de várias versões dos personagens envolvidos com o dilema entre o ser e a aparência.

Tendo como fonte de renda apenas a bilheteria, o grupo pretende aumentar o número de sessões e atrair o maior número de pessoas com as peças de comemoração, fazendo com que essa festa seja um passo de entrada para as pessoas começarem a frequentar mais o teatro.


Karina de Oliveira Mendonça

OUTRA VISÃO

Fundado no Rio de Janeiro em 1979, o Teatro Amador Produções Artísticas é dirigido por Eduardo Tolentino de Araújo que criou a peça infantil que deu início ao grupo: “Apenas um Conto de Fadas”. Como conseqüência de muitos trabalhos como os de José Wilker e Nelson Rodrigues, seis anos depois, o grupo chegou a abrir o Festival de Teatro Brasileiro.


Teatro deriva do grego e significa olhar com atenção, e é exatamente isso que o grupo TAPA vem fazendo desde 1986 em São Paulo. O trabalho de 30 anos de existência contempla 40 peças montadas, sendo 6 em cartaz e diversos prêmios como Shell, Moliére e APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).


Todas essas premiações e 3 décadas de trabalho não é a toa, pois como tudo está sendo transformado hoje em dia, Eduardo Tolentino fez questão de adaptar o grupo à realidade brasileira e isso é o ponto chave para tanto sucesso.


A repaginada nas peças surpreende o público que nesses 30 anos também mudou o modo de pensar, os gostos e costumes e as peças na direção de Tolentino ganha mais vida, surpreende o público e atraem os jovens, como o objetivo do espetáculo “Cloaca” da holandesa Maria Goos. Na peça o nome significa o cumprimento entre os amigos na época da faculdade e o elenco é composto pelos atores André Garolli, Brian Penido Ross, Dalton Vigh e Tony Giusti.


Desde Janeiro montagens de textos brasileiros são exibidos com um novo olhar e atores bem treinados que fica difícil perceber que são realmente...atores! Aristóteles expôs a importância do modo de ver quando disse “A vista é o que nos faz adquirir mais conhecimentos, nos faz descobrir mais diferenças”. E é isso que o TAPA tenta fazer, ou seja, mostrar para o público uma outra visão, mais nova, do teatro nacional brasileiro.


Até fevereiro o grupo apresentou o Panorama do Teatro Brasileiro – 2ª Geração como comemoração aos 30 anos do projeto com encenações de dramaturgias brasileiras por atores que fizeram parte do grupo durante todos esses anos. No último 22 de Abril estrearam a peça “Vestir os Nus” escrita em 1922 por Luigi Pirandello. A estréia ocorreu do Teatro Municipal de São Carlos e continua em Suzano.


Ghost Writer: Camilla Scavone

Legenda: Peça de comédia dramática sobre ex-amigos de Universidade atrai público jovem para o teatro
Foto: Divulgação

terça-feira, 4 de maio de 2010

TAPA – Amador não mais

Há 31 anos nascia no Rio de Janeiro o que viria a ser um dos maiores grupos de teatro de São Paulo, TAPA - Teatro Amador Produções Artísticas. O carioca Eduardo Tolentino criou uma companhia amadora com colegas da faculdade, que mais tarde ganharia vários prêmios e se manteria viva por décadas.Foi em 1986 que o grupo se mudou para São Paulo, tendo como sede o Teatro Aliança Francesa por quinze anos.

Tendo um currículo de dar inveja, com mais de 40 peças montadas, textos de Nelson Rodrigues, Domingos de Oliveira, Millôr Fernandes etc. As constantes mudanças,energia, paciência e capacidade de lidar com seus limites, foi o que fez o Tapa se manter vivo e atrair diferentes públicos.


O grupo tem quatro cursos para atores iniciantes que são baseados nas técnicas teatrais de Constantin Stanislavski, onde os atores tem que entrar em contato com seus próprios sentimentos. O teatro realista.

De janeiro à fevereiro deste ano o TAPA voltou a realizar o projeto “Panorama do Teatro Brasileiro - 2ª Geração” que teve a sua primeira exibição no começo dos anos 80. As montagens que foram apresentadas contaram com atores que se formaram no TAPA, como Sandra Corveloni, Carla Carvalho, Brian Penido, que assinam a direção dos espetáculos “Valsa nº 6”, de Nelson Rodrigues, “As Viúvas”, de Arthur Azevedo; e “Pedreira das Almas”, de Jorge Andrade.O projeto serve para preencher uma lacuna que o próprio teatro brasileiro criou.

Em agosto de 2009 o Tapa estreou a peça “Cloaca”, texto da holandesa Maria Goss, com um dos seus atores mais famosos do grande público, Dalton Vigh. A mais nova peça a entrar em cartaz é “Vestir os nus” de Luigi Pirandello, escrita em 1922, que é considerado um clássico do teatro moderno.


O Grupo Tapa é uma das mais respeitadas referencias do teatro paulista e brasileiro, além de possuir praticamente todos os prêmios teatrais do país.O grupo consegue transitar entre o clássico e o contemporâneo sem problemas.

O Tapa mantém sua proposta de teatro de repertório, mesclando dramaturgia de todos os séculos, brasileira e internacional, em montagens realistas.

Uma das lutas do Tapa é aumentar o número de seções das peças. Tendo apresentações de terça-feira à domingo.Resgatar o teatro como profissão, tirar da dependência dos patrocínios. O Tapa não tem meta, ele vai se adaptado a realidade.
 
Por: Gabriela Sinelli Martins

Trinta anos de desejos e novas invenções

As cortinas se abrem e em cima do palco acontece uma grande magia que é interpretada pelos atores que encenam histórias através da dança e do canto. De forma leve, suave é encantador assistir ao espetáculo.


As horas parecem voar, e o tempo, há o tempo passa rápido para essa companhia de teatro que se tornou dona de premiações importantes, no decorrer dos 30 anos, o Teatro Amador Produções Artísticas- TAPA nasceu no Rio de Janeiro, cidade maravilhosa que foi palco de várias apresentações. Fundada em 1979, atualmente é dona de uma trajetória repleta de inovações e peças que conquistaram o público que frequenta teatro por que gosta, ou simplesmente, pelo fato de desejar fazer teatro.

Eduardo Tolentino de Araujo está à frente da companhia desde o começo, como diretor ele desenvolve um trabalho sensacional através da técnica de Constantin Stanislavski, um dos maiores diretores e atores do século XX, criador do método de interpretação Stanislavskiana utilizadas nas escolas de teatro de todo o mundo, diretor, ator e crítico teatral russo nascido em Moscou se tornou mestre do teatro, e a sua técnica é usada por toda a classe teatral.

Nas criações o grupo desenvolve as peças utilizando a técnica contemporânea e realista. Ao decorrer da sua história o grupo correu riscos com peças que foram tachadas de datadas. Mais também ganhou cerca de 60 prêmios, e descobriu grandes talentos como Rodrigo Lombardi, até hoje o grupo procura da oportunidade para jovens que sonham em trabalhar com teatro, para isso é ministrado uma oficina no próprio galpão da companhia.


O intuito do grupo Tapa é transmitir peças educativas, e ao longo dos anos evita uma ligação com a política.


A peça do Pirandello que o grupo vai estrear chama-se Vestir os nus, é uma obra realista e trata-se de um monólogo entre o “ser” e “aparência”, e traz uma participação pra lá de especial com a atriz Beatriz Seagall. O desejo da companhia é interpretar cada vez mais próximo da realidade, sem usar personagens estereotipados.

Ghost writer: Valdejane Bezerra

Trintão maduro procura jovens para relacionamento teatral

Ghost Writer: Raquel Nantes Tavares (matrícula 76821-8)

Nascido Teatro Amador Produções Artísticas – hoje leva somente a sigla, TAPA, como nome – no Rio de Janeiro, em meados de 1979, naturalizado paulista em 1986, o grupo completa 30 anos e busca diversificar um pouco nos relacionamentos. Não que ele queira trair o público que formou até aqui. Nada disso. Digamos que ele busca um relacionamento aberto, que inclua também a juventude de agora.

O TAPA consolidou-se na vertente realista de teatro, pelo sistema de dramaturgia do russo Constantin Stanislavski (1863-1938), que enfatiza o realismo psicológico e a vivência de emoções autênticas pelos atores.


Eduardo Tolentino de Araújo é um dos fundadores e diretor do grupo, que escreveu a peça Apenas um Conto de Fadas, direcionado ao público infantil, que marcou a estréia do grupo. A partir da década de 1980, o TAPA passa a encenar criações mais consistentes, como Viúva, porém honesta de Nelson Rodrigues, em 1983. No ano seguinte, abre o Festival de Teatro Brasileiro, com encenações de autores nacionais, como Martins Pena (O Noviço) e Artur Azevedo (A Casa de Orates).

Nesses 30 anos, o grupo TAPA foi, e ainda é, o grande nome do realismo teatral e referência do teatro nacional. Recebeu mais de 60 prêmios, dentre eles Moliére, Shell, Mambembe/Funarte, APCA e APETESP.

Porém, a realidade não é mais a mesma. Os avanços tecnológicos na área das comunicações nos posiciona em um cenário frenético. Não há tempo para raciocinar sobre as mudanças que ocorrem a nossa volta, porque os avanços, daqui a um segundo, já estarão ultrapassados. Os jovens não têm paciência de esperar sentados o desenrolar de uma cena e um diálogo profundo sobre as contrariedades da vida. Eles simplesmente querem tudo em 140 caracteres.

O teatro, e o TAPA também entra nesse balaio, se vê em um dilema. O público que cativou até aqui está envelhecendo. O “teatrão” de quase três horas já não atrai. Assim como um casamento desgastado, o teatro se transformou em um diálogo entre amigos: quem assiste é aquele que entende de teatro, atores, diretores e críticos.

Na tentativa de se reinventar, o TAPA arrisca dar um mergulho na pós-modernidade líquida de Zygmund Bauman, onde nada é o que é por muito tempo. Como então apreender a realidade em que vivemos, se ela se transforma, se nós, os personagens, guardamos uma identidade líquida também, que se molda e não é única, mas múltipla? Como mostrar isso no palco?

Um primeiro salto nas águas revoltas do contemporâneo é o texto “Cloaca”, da holandesa Maria Goos. A comédia dramática de 105 minutos (há de se dar importância ao tempo, hoje em dia cada vez mais veloz e fragmentado) revela a história de quatro amigos quarentões em situações decisivas. Pieter (Tony Giusti), um funcionário público gay, rouba obras de arte da prefeitura. Tom (Dalton Vigh) é um advogado viciado em cocaína e tenta trabalhar com publicidade. Jan (André Garolli), político com chances de virar ministro, está em crise no casamento, enquanto o diretor de teatro Marten (Brian Penido Ross) vive o estresse de uma estréia. Na peça, os quatro se vêem em situações que testam os limites entre amizade e egoísmo. A montagem estreou em agosto do ano passado e fica em cartaz até o dia 13 de junho no Teatro Imprensa.

Para a comemoração das três décadas de vida, o TAPA preparou em janeiro desse ano a releitura de diversas peças encenadas em anos anteriores. A partir de agosto, porém, novos textos farão parte do repertório. O grupo apresentará três peças baseadas em contos do autor italiano Luigi Pirandello, compondo o Festival Pirandello.


Alguns podem dizer que o TAPA é “teatrão” demais para avançar nesses tempos incertos. O grupo fez uma opção pelo teatro realista, isso não se nega. Mas algo em comum com os nossos tempos se revela em seu engajamento despretensioso, por mais paradoxal que essa construção possa parecer. É que seu engajamento não está necessariamente ligado a opções políticas. O fazer teatral, a estética e o divertimento (por que não?), por si só, já são valorizados. E a juventude de hoje não é a mesma que viveu a abertura política do final da década de 1970. As escolhas políticas não estão assim tão escancaradas e na verdade, uma vertente partidária não difere muito das outras. Somos consumidores antes de sermos cidadãos.

Por trás da aparência homogeneizada do jeans e da coca-cola, no entanto, uma realidade está em ebulição. O TAPA sabe disso e é assim que quer construir um novo relacionamento: em meio a algumas risadas e um tanto de lágrimas, quer fazer o público refletir um pouco mais sobre o mundo que o rodeia ou aquele que está dentro dele mesmo. Não é um sisudo “seremos felizes para sempre”, mas um bem intencionado “quer ficar comigo?”.