sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A arte feita à mão


Sapateiro, alfaiate, costureira. Três profissionais indispensáveis na época de nossos pais e avós. Hoje, três profissões difíceis de serem encontradas. As transformações no mercado de trabalho e como estas afetaram a vida do artesão é o tema do radiodocumentário "Do feito à mão ao aperto de um botão", produzido como Trabalho de Conclusão de Curso pelas alunas do quarto ano de jornalismo da USCS, Maria Beatriz Pegoraro, Nadjara Rodrigues, Naíla Amaro e Raíssa Rossini.


No documentário, que terá 30 minutos de duração, serão apresentadas histórias de sapateiros, alfaiates, ferreiros, costureiras, vidreiros e um realejo, encontrados na região metropolitana de São Paulo. Atreladas a elas, estarão tre chos de entrevistas realizadas com sociólogos, antropólogos, economistas e historiadores, que ajudarão o ouvinte a entender as mudanças ocorridas no mercado e o comportamento da sociedade em relação a essas profissões quase "extintas".


"Do feito à mão ao aperto de um botão" foi dividido pelas jornalistas em quatro partes: "aprendizagem, industrialização, personalização e exclusividade e o futuro destas profissões são os subtemas que serão abordados no documentário", explica Maria Beatriz Pegoraro, que também foi a responsável pela locução do programa, que tem estréia prevista para a noite de 11 de novembro na USCS. Samira dos Santos Duarte

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Olê mulher rendeira...


Na noite de 22/10/2009, os alunos do quarto ano de jornalismo da Universidade de São Caetano do Sul (USCS), assistiram à assessoria de mais um TCC, (Trabalho de Conclusão de Curso), o tema do grupo é “Transformação do mercado de trabalho”, que abordará basicamente profissões que estão em extinção, aliás, esse era o primeiro tema do grupo, porém depois de muito conversar com seu professor orientador e obviamente após a pré banca, ficou evidente que este tema não era o correto a ser abordado e mudaram assim, para o tema que aí está às modificações aconteceram, porque após a pré banca o grupo percebeu que as profissões não deixaram de existir e sim, se modificaram, profissões como alfaiate, costureira, sapateiro, realejo, etc. O grupo contou que tinham muito material a ser usado tais como datas, dados econômicos, enfim coisas importantes, mais que tomariam o tempo de certa forma e que algumas delas teriam de ser deixadas de lado.


O radio documentário é divido em quatro subtemas, são eles: aprendizagem, industrialização, personalização/exclusividade e futuro, O programa terá duração de aproximadamente 30 minutos, o grupo informou ao restante dos alunos o nome de alguns entrevistados, que com certeza farão parte do rádio documentário, são eles:


Especialistas: Álvaro Conin (Sociólogo, presidente do CEBRAP), José Sérgio Leite Lopes (UFRJ, sociólogo), Márcio Pochman (economista, presidente do IPEA), etc.


Personagens: Élio Celestino (sapateiro), Divino Cupertino (alfaiate), Serafim Júnior (ferreiro), Inês Fiorellini (costureira que cobre botões), Marcelo Ruocco (empresário de ladrilho hidráulico), Antônio Bloise Filho (realejo), Rubens do Nascimento (vidreiro).


Os integrantes do grupo contaram que a maioria dos personagens foi encontrado por acaso, assim durante as andanças pelas ruas.


O produto final conta ainda com músicas de Zé Ramalho, Rodrigo Sater, Teatro Mágico, Luiz Gonzaga, etc.


Juliana Torres Bezerra


O lançamento do rádio documentário, “Trabalho, do feito a mão ao aperto de um botão” está programado para o dia 11/11/2009 a partir das 19h20min .

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Documetário Além da Loucura estreia em novembro

Os doentes mentais são muitas vezes considerados pela sociedade, pessoas que não podem fazer parte do convívio social. O que não é verdade. Muitos casos de transtorno mental partem de problemas com drogas ou algum sofrimento impactante que o paciente sofreu, como por exemplo, morte de um ente querido.

Mostrar à sociedade que estas pessoas podem sim ser inclusas na sociedade, podendo inclusive trabalhar, é a proposta do Focas Comunicação que há dois anos trabalha na pesquisa do tema, para, em novembro, estrear o documentário Além da Loucura.

Nos seus 25 minutos duração, o filme tem por objetivo levar ao espectador histórias de vida contadas pelos pacientes e também abordar sobre a visão que a sociedade tem em relação a essas pessoas que são ditas como “perigosas”, sem pensar que por trás do transtorno mental há sofrimento e carência.


Maria Beatriz Pegoraro,

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Companheiros e companheiras



Na noite de 15/10/2009, os alunos do quarto ano de jornalismo da Universidade de São Caetano do Sul (USCS), assistiram à assessoria de mais um grupo de TCC, o grupo composto pelos alunos Caroline Saturnino, Marcela Suemi, Marina Selerges, Marjorie Oliveira e Vinícius Carrasco, estão produzindo um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), cujo tema é: a trajetória da Tribuna Metalúrgica, o vídeo documentário contará a história do jornal desde a sua criação em 1971 como boletim, até os dias atuais já no seu formato tablóide. Com depoimentos de ex-dirigentes e dirigentes sindicais da atualidade, o grupo contará como é feita a elaboração das pautas, a captação das fontes para as entrevistas, a diagramação, impressão e a distribuição do mesmo nas fábricas; as principais mudanças ocorridas durante esses anos e a força do jornal na organização e lideranças nas lutas sindicais e paralisação dos trabalhadores.



Além de contar a história da Tribuna Metalúrgica, jornal que tem a maior tiragem do grande ABC, o grupo abordará também a questão da parcialidade e imparcialidade no jornalismo. As críticas apontadas por estudiosos do assunto, como a professora e mestre em comunicação social da Universidade São Judas Jaqueline Lemos e o ex-jornalista da Tribuna Metalúrgica Alípio Freire, o intuito do documentário segundo o grupo é mostrar como a comunicação e a imprensa exerceu e exerce um papel fundamental na vida de muitos trabalhadores e a força da classe operária no Brasil. O vídeo documentário terá aproximadamente 30 minutos dividido em 5 capítulos e contará com entrevistas de pessoas como: Alípio Freire, (ex jornalista da Tribuna Metalúrgica), Jaqueline Lemos, (jornalista que dissertou uma tese de mestrado sobre o jornalismo sindical, em 2001), Sérgio Nobre, (presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) e Vicentinho, (deputado Federal e ex presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC).



A data para o lançamento oficial e exibição do documentário "Além dos Muros da Fábrica", está previsto para o próximo dia 12 de novembro de 2009 a partir das 19:20 hs no auditório situado no Prédio B da Universidade de São Caetano do Sul.


Juliana Torres Bezerra

“Dizem que sou louco...”



Na noite de 15/10/2009, os alunos da USCS assistiram à assessoria de mais um grupo de TCC, este grupo formado pelas alunas Alessandra Nogueira, Amanda Nero, Fernanda Yamundo, Millena Rodrigues e Patrícia Rodrigues estão desenvolvendo um Trabalho de Conclusão de Curso para televisão, o tema do grupo é “Além da Loucura”, o vídeo documentário de aproximadamente 25 minutos fala sobre a loucura, mas o intuito do trabalho, segundo os componentes do grupo, é ir além dos preconceitos e estigmas que cercam o cotidiano de pessoas com transtornos mentais, o trabalho mostra segundo eles que essas pessoas podem conviver em sociedade, seja trabalhando, estudando ou constituindo família.


O grupo com o trabalho quer esclarecer também alguns pontos sobre a loucura e a posição da sociedade perante as pessoas que tem uma percepção diferente do mundo e dos padrões de normalidade, as histórias de vida dessas pessoas interessantes e cativantes, convidam o espectador a se questionar e criar uma visão crítica sobre a situação atual e a maneira com que a sociedade lida com a loucura.


No início, o grupo queria falar sobre a loucura, porém com a ajuda do professor orientador viram que este tema era demasiado amplo, leram muito sobre o assunto e se perderam mais ainda, tendo como base o vídeo documentário “edifício Máster”, assistido pelos alunos no ano anterior, decidiram fazer algo parecido, dar voz a pessoas com este tipo de transtorno, mas na pré banca foram barradas, pois segundo os membros da banca ninguém daria credibilidade a um vídeo documentário só com a fala das pessoas afetadas. A partir daí fizeram várias visitas a locais como: hospitais psiquiátricos, CAPS (Centro de Apoio Psicosocial), debates, mesas redondas, palestras, eventos, hospícios, etc. Chegaram então a um consenso e decidiram falar sobre a vida dessas pessoas, mas falando também com especialistas para explicar algumas coisas, porém o foco do trabalho mesmo são as pessoas que sofrem de transtornos mentais.


Juliana Torres Bezerra

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A vida de quem não cansa de esperar


Um telefone que não toca. Uma foto que ninguém reconhece. Uma espera que não tem fim. É assim a vida de quem busca por um familiar desaparecido. Um drama que pode acontecer com qualquer um e do qual milhares de famílias brasileiras fazem parte.


A espera dessas famílias por seus desaparecidos é o tema do radiodocumentário "Desaparecidos: Uma vida de espera", produção dos estudantes do quarto ano de jornalismo da USCS (Universidade de São Caetano do Sul), Mariano Carrillo, Renata Oliveira e Simone Máximo.


O programa, que terá em média 30 minutos de duração, irá mostrar a rotina dos familiares que há anos esperam por alguma notícia ou pista que ajude a encontrar o parente desaparecido. Além das famílias, também foram entrevistados &oac ute;rgãos públicos, psicólogos, ONGs (Organizações não-governamentais) e voluntários.


A idéia em desenvolver um documentário para o rádio focado em um tema relevante e que causasse reflexão nos ouvintes sempre foi uma prioridade para o grupo: "desde o começo queríamos trabalhar com o lado social", diz. No entanto, abordar um tema tão delicado, foi um desafio: "uma das nossas dificuldades foi conversar e entrar na vida dessas famílias, mas respeitando o limite emocional de cada um deles", conta as estudantes.


Desaparecidos: Uma vida de espera" tem estréia prevista para 11 de novembro a partir das 19h20 na USCS.


Samira dos Santos Duarte

Jornalismo Cívico nos telejornais é tema de Monografia


Um jornalismo que fala direto ao cidadão. Essa é a definição básica para o termo Jornalismo Cívico, também conhecido como Jornalismo Público, movimento que teve início na década de 90 e fez com que os jornais passassem a divulgar notícias e a trazer matérias de maior interesse aos leitores. A partir daí, os jornais abrem seu espaço para a discussão de temas relevantes à comunidade.

Esse segmento jornalístico é o objeto de análise da estudante do quarto ano de Jornalismo da USCS (Universidade de São Caetano do Sul) Flavia Stucchi em sua monografia "O Jornalismo Cívico nos Telejornais Regionais SPTV 1ª Edição, da Rede Globo e SP Acontece da Rede Bandeirantes".

O trabalho de Conclusão de Cu rso desenvolvido pela estudante tem como objetivo identificar e examinar as situações envolvendo o jornalismo cívico nos telejornais SPTV 1ª edição, produzido pela Rede Globo e o SP Acontece, exibido na Rede Bandeirantes.

Observar as matérias do SPTV 1ª edição, principalmente aquelas realizadas pelo repórter Márcio Canuto, o "fiscal do povo", foi a primeira escolha feita por Flávia, que antes tinha como enfoque do trabalho o programa da TV Globo : "Eu sou louca pelo SP TV. O tema anterior era SPTV Comunidade - exercício de jornalismo cidadão, que acabou sendo alterado pelo orientador", diz.

Além de assistir ao telejornal, a futura jornalista também entrou em contato com o redator do SPTV e descobriu como o quadro no qual ela analisa o exercício do jornalismo cívico é elaborado: "o cidadão faz a re clamação na redação e eles enviam o Márcio Canuto pra lá", explica Flávia. A monografia sobre Jornalismo Cívico tem previsão de estréia para 10 de novembro a partir das 19h20 na USCS.


Samira dos Santos Duarte

Esperar por alguém que talvez não venha?

Na noite de 8 de Outubro de 2009, os alunos do quarto ano de jornalismo da USCS, (Universidade de São Caetano do Sul), assistiram a assessoria do grupo de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), cujo tema é: “Desaparecidos: uma vida de espera.” O grupo desenvolveu um rádiodocumentário de aproximadamente 30 minutos, fazem parte do perfil de entrevistados, famílias afetadas, órgãos públicos, psicólogos, ONGS e voluntários. Com o objetivo de provocar no ouvinte uma série de reflexões sobre esse problema social, que muitas vezes é desconhecido pelo governo e também pela população, tratando o tema de maneira diferenciada e delicada buscam respeitar o limite emocional dos entrevistados. De acordo com o grupo fazem parte do seu público alvo, 50% homens, 50% mulheres, 37% da classe A, 42% da classe B e 21% da classe C, girando em torno de 18 e 55 anos. O lançamento oficial do trabalho está previsto para o dia 11 de novembro de 2009 a partir das 19:20 na Universidade de São Caetano do Sul.

Na assessoria foi passado um trecho do filme “Nas profundezas do mar sem fim”, com Michelle Pfeiffer, que vive no filme uma mulher que tem sua vida destruída após perder o filho pequeno na rua. O grupo dividiu com o restante dos alunos que, algumas famílias deixam de comer e ou fazer aquilo que a pessoa desaparecida gostava de comer e fazer; algumas famílias preferem ter a notícia de que seu ente querido está morto, do que simplesmente não ter notícia nenhuma. Essas pessoas, geralmente adquirem problemas de saúde que os impossibilitam de continuar vivendo. O grupo teve muitas dificuldades, uma delas foi falar com órgãos públicos; entrar a fundo na vida das pessoas afetadas, pois segundo eles, acabam tendo um discurso pronto. O foco do trabalho é a espera das famílias. Para cada pessoa desaparecida, existe pelo menos um pai e uma mãe, esperando respostas, aguardando incertezas.

Juliana Torres Bezerra

Parceria que deu certo: comunidade e Jornalismo!

A aluna Flávia Stucchi, do quarto ano de jornalismo da Universidade de São Caetano do Sul, (USCS), apresentou aos demais alunos a assessoria de sua monografia na noite de 8 de Outubro de 2009. O seu tema é O jornalismo cívico nos telejornais regionais SPTV 1ª Edição, da Rede Globo e SP Acontece na Rede Bandeirantes. A monografia tem como objetivo identificar (através das categorias de análise) as situações e abordagens que possam demonstrar à prática do Jornalismo Cívico por parte dos telejornais regionais escolhidos. Mas antes de ter este tema a aluna queria fazer o tema seguinte: O jornalismo cívico nos telejornais, porém, com a ajuda de seu professor orientador, viram que assim o tema seria demasiado abrangente e decidiu então seguir com o tema que está atualmente. Segundo a aluna, o jornalismo cívico originou-se a partir de um descontentamento do público com o jornalismo. As pessoas queriam matérias que falassem mais a respeito delas e da sociedade em que viviam matérias sobre um mundo mais próximo delas. Foi criado então, um jornalismo que buscasse a necessidade deles, que os ouvissem, para que o mesmo não caísse em decadência. Criou-se a partir daí uma sociedade, entre a população, pessoas, comunidade e o jornalismo, para tratar assuntos de interesses dessas pessoas, ou seja, buscaram ouvir e transferir como noticia os apelos do povo, as necessidades da sociedade, com matérias e reportagens que vinham direito da fonte: a população. O lançamento oficial da monografia está previsto para 10 de Novembro de 2009, na Universidade de São Caetano do Sul, a partir das 19:20.

Juliana Torres Bezerra

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A vida de quem mora sozinho


Por: Ana Paula Todisco

O que todos devem temer é ficar sozinho quando for velhinho. Mas nem todos pensam assim. Principalmente os jovens abrem mão de morar com a família para viver de uma forma mais libertária.

Para mostrar esses dois lado da moeda, os estudante do quarto ano de jornalismo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), retratarão o assunto de uma maneira leve e descontraída em uma série de reportagem de rádio de 30 minutos.

Paula Belini, Samantha Oliveira, Alexei Tomassi, Audrey Bertho, Juliana Torres e Samira Duarte irão abordar a rotina, dilemas e escolhas dos que vivem sozinhos na Grande São Paulo. “O objetivo da produção é retratar os motivos que têm levado ao crescimento dos domicílios com um só morador”, afirma o grupo.

Para ver os bastidores dessa produção, basta acessar o blog criado pelo grupo. http://tccvidasozinho.blogspot.com/

“Aprendi a me virar sozinha...”




Por Mariana Carrillo

Já dizia Ana Carolina... Como é bom morar sozinho, o seu canto, suas coisas, sua comida, seu jeito... Tudo assim, como você deixa, desse jeito estará, a carteira, chave do carro, as bagunças... Seja porque a “vida levou”, ou pela simples vontade de viver só, de 2007 para 2008, o número de domicílios com um morador subiu de 11,5% para 12%.

A rotina, a maneira como viver sozinho influência nas escolhas, na própria maneira de viver será abordado em “Vida Sozinho”, uma série de reportagens especiais produzidas por Alexei Tomassi, Audrey Bertho, Juliana Torres, Paula Belini, Samanta Oliveira e Samira Duarte, como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira, dia 1, na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (Uscs), os jornalistas apresentaram o novo projeto.

Uma senhora que perdeu o marido e a mãe, o filho vivendo longe... Resta viver só. “Fugir” dos pais acima de tudo e qualquer preço, solução: morar sozinho. A vontade de mudar de cidade, ser independente... As histórias são muitas, e seja qual for o motivo que levaram essas pessoas a terem um “canto só delas”, o fato é que em apenas uma década, a família composta por apenas uma pessoa cresceu 70%. Não só um novo nicho de mercado – o consumidor single – esse fenômeno representa, também, uma mudança no comportamento da sociedade.

A série de reportagens está prevista para estrear em novembro.

A SOLIDÃO LHE CAI BEM?

Por Simone Maximo

"Jamais encontrei companheiro que me fosse mais companheiro que a solidão". O filósofo e poeta Henry David Thoreau conseguiu, em poucas palavras, resumir o verdadeiro sentido da solidão. Muitos têm medo dela, outros a escolhem como companhia. Esse é o assunto de Vida Sozinho, série de reportagens especiais, produzida pelos alunos do 4º ano de jornalismo, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul.

Durante o lançamento, que aconteceu na última quinta-feira, 1º, o grupo apresentou os objetivos do produto: apresentar ao público a rotina, os dilemas e as escolhas das pessoas que vivem sós na Grande São Paulo. De acordo com os alunos, atualmente, chega a 12% o número de lares com apenas um morador.

O trabalho irá mostrar os desafios de cozinhar, de controlar os gastos, de lidar com a melancolia, que vez ou outra aparece, entre outros dramas.

A série, que pretende emocionar e trazer a realidade dessas pessoas, ainda conta com um blog (http://tccvidasozinho.blogspot.com/), onde os integrantes postam entrevistas, vídeos, teaser, entre outros materiais.



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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Para o caminho do mar



MARIANA QUERO CARRILLO



Na década de 30 eles foram trazidos de outros lugares do Brasil para construir a rodovia Anchieta. Na época, foram alojados em um acampamento do Departamento de Estradas e Rodagens do Estado de São Paulo (DER), e por ali ficaram. Hoje, mais de 60 anos depois, a comunidade do Cota 400 será remanejada para conjuntos habitacionais em Cubatão, por estar em área de preservação ambiental, pertencente à Mata Atlântica. Como será deixar todo o seu passado, a sua identidade, para trás?

Este é o tema do livro-reportagem produzido como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) pelos alunos do 4º ano de jornalismo da Uscs, “Olhares: Memórias e identidades do bairro Cota 400”. A comunidade, formada por 644 pessoas, conta as lembranças de toda a trajetória de suas vidas desde o início da construção da rodovia. Em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira, dia 24, o grupo explicou que o intuito da obra é abordar o impacto dessa mudança, que obriga os moradores do bairro a deixarem para trás “seus lares”.

“É legal porque vira um bate-papo. No início é difícil porque precisa conquistar a confiança, mas, depois, eles não param mais de falar”, ressaltou o jornalista Caio Caprioli enquanto comentava sobre a metodologia do livro, feita com base nos depoimentos dos moradores, que, na obra, são personagens principais, enquanto, na vida real, se sentem meros “peões de um tabuleiro” arrancados de seus lugares.

O lançamento será no mês de novembro, no auditório Hélcio Quaglio.