Por Sílvia Dalpicolo
Você sabe o que é anencefalia? É um defeito na formação do feto que causa a ausência de cérebro. O bebê portador da doença possui pouca ou nenhuma expectativa de vida, já que pode morrer ainda no útero da mãe ou até algumas horas após o parto. Mas o que fazer nestes casos? Casos de bebês anencéfalos são comuns?
Estas e outras dúvidas, depoimentos de especialistas, entre eles médicos, psicólogos e padres, e famílias que viveram a história podem ser conferidos no vídeo-documentário de trabalho de conclusão de curso “E agora mãe? Anencefalia e o direito de escolha”, produzido pelos alunos do curso de Jornalismo da Universidade IMES. Uma prévia da produção foi apresentada aos demais estudantes e professores da Instituição na última terça-feira, 28 de agosto. O objetivo do vídeo é mostrar ao público que apesar de não ser um assunto muito discutido na sociedade, pode acontecer com qualquer grávida.
Segundo o geneticista Thomas Gollop, um dos entrevistados do projeto e o primeiro autorizado pela Justiça a realizar o aborto de um bebê com a doença, uma em cada 700 crianças nascidas no Brasil possuem anencefalia. As causas da doença incluem fatores nutricionais, genéticos e alimentares. A única prevenção existente é tomar 0,4 mg da vitamina ácido fólico, popularmente conhecida como vitamina B, no período de até três meses de gestação. Esta atitude reduz em 60% o risco de a criança ter anencefalia.
Um dos pontos altos da produção é o depoimento do casal Maria Inês e Valdir de Carvalho que vivenciaram a situação duas vezes, e em ambos os casos optaram por levar a gravidez à diante, mesmo cientes de que as crianças viveriam, no máximo, apenas algumas horas.
O integrante Felipe Mesquita ainda frisou que a mãe que enfrenta a gestação de um bebê com anencefalia deve contar com acompanhamento psicológico durante os nove meses, já que o preparo emocional é de suma importância nestes casos.
Sobre a questão da interrupção da gravidez, o grupo formado por Felipe Mesquita, Marcos Félix, Fernanda Lúcia, Ana Carla Molina, Priscila Aguiar e Carolina Duarte, resolveu não opinar, deixando os entrevistados manifestarem sua opinião, para o público tirar suas próprias conclusões.
Para quem se interessou em saber mais sobre o assunto, a íntegra da produção, divida entre os blocos “O que é?”, “Direito a escolha” e “Prevenção”, poderá ser acompanhada em outubro no Anfiteatro do IMES.
Um comentário:
Texto bem de revista, muito bom. Só uma dúvida para a autora pesquisar: levar a gravidez à diante...
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