quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Uma decisão difícil

A anencefalia é um assunto pouco conhecido da população, mas precisa ser abordado para conscientizar e prevenir a população


Imagine a dificuldade que é para uma mulher, ter que escolher entre abortar ou gerar um filho que não tem estimativa de vida. Essa é a dúvida que surge quando algumas mães descobrem que o filho gerado tem anencefalia.

A anencefalia é um defeito na formação do feto que causa ausência do cérebro. A criança pode morrer dentro do útero da mãe, ou nascer e viver poucas horas, ou em situações muito raras, viver por alguns meses sem ter consciência e ter reflexos involuntários.

Quando a mãe está na 12ª semana de gestação, através do ultra-som é possível saber se a criança tem ou não anencefalia. Depois de diagnosticado não dá para fazer nada. A mãe precisa escolher entre manter a gestação ou abortar.

Os médicos não dão conselhos. Se a mulher decidir realizar o aborto, é preciso entrar na justiça para conseguir a autorização do juiz. Algumas vezes esse processo demora e a criança acaba nascendo.

A questão do aborto em casos de anencefalia é complicada, porque o aborto só é permito caso a mãe esteja correndo risco de vida, então depende do juiz. Gravidez de anencefalia não tem risco.

Foi pensando em apresentar e alertar a população sobre esse tema que o grupo formado por Priscila Aguiar, Ana Carla Molina, Carolina Duarte, Fernanda Lúcia, Felipe Mesquita e Marcos Félix, decidiu fazer o TCC – Trabalho de Conclusão de Curso-, cujo título é: “E agora mãe? Anencefalia e o direito de escolha”.

O objetivo desse trabalho é mostrar para as pessoas que a anencefalia existe, é comum e que tem como prevenir.

A prevenção pode ser feita três meses antes da mulher engravidar. Ela deve tomar 0,4mg de ácido fólico. Essa prevenção reduz em 70% o risco de anencefalia. Isso é importante porque uma mulher que já teve um filho com esse problema tem tendência a ter outros: “Cada gestação cuja prevenção não é tomada, tem 5% de chance de ter filhos com a doença. Se a mulher tiver outro filho e não tomar os cuidados necessários, a chance aumenta para 10%, e assim por diante”, disse um dos integrantes do grupo Felipe Mesquita.

Segundo o grupo, o trabalho está quase concluído e será apresentado em outubro na Universidade IMES.

Luana Teodoro

Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente! Parabéns!