sexta-feira, 24 de agosto de 2007

OUTSIDER, ATÉ QUANDO?

Por Edson Fonseca

Qualquer que seja a causa do desabrigo, os comportamentos de orientação e adaptação dos

indivíduos mostram semelhanças que os distinguem de moradores de rua. Não sabem em

quem confiar, não sabem se sobreviverão, se isso é possível, estranham o mundo novo,

ficam amedrontados. A discriminação e o preconceito convivem com eles diariamente e é

ai que eles tem que buscar alternativas para viver na cidade.

Muitas pessoas se propõem a ajudar esses moradores de rua, é o caso de Aldenon Pereira da

Costa, 44 anos, jornalista e Presidente da Rede Rua de Comunicação, como explica

Michele “O Aldenon após participar em 1992 do Grupo de sopa da Sé resolveu entrar de

cabeça na ajuda aos moradores de rua”.

Adelice Cunmin, 34 anos, é Assistente Social e Coordenadora do Hotel Social São

Francisco “Ela mantém contato com a população de rua, desenvolve projetos e auxilia os

moradores no seu encaminhamento para o mercado de trabalho” diz Juliana. Essas

pessoas vão para a rua por vários motivos, abandono, desilusão, necessidade, por problemas

mentais e ai neste mundo estranho elas contam suas experiências e identidades passadas,

demonstrando um forte desejo de retornar ao mundo de onde vieram. É o caso de

Sebastião Nicomedes de Oliveira, 38 anos, conhecido como “Tião” que antes de virar

morador de rua era um empresário, em 2003, “Eu estava instalando uma placa e teve um

momentoque eu não sei o que aconteceu, me deu um estalo rápido e eu caí. Atravessei o

toldo e ele caiu em cima de mim. Quando cheguei na oficina, após um tempo

hospitalizado, não existia mais nada, tudo sumiu, os equipamentos, tintas, faixas, meu

local de dormir e até meus antigos sócios desapareceram”.É o típico caso de destino, não

que ele quisesse isso,mas infelizmente aconteceu esta situação, e ele teve que contorná-la

com muita dificuldade e perseverança. Hoje ele trabalha, mas ainda vive em condição de

rua, ou seja, ele passa de albergue por albergue, de pensionatos em pensionatos. Alguns não

querem ser entrevistados e muito menos filmados, por orgulho, de estar naquele estado e

não querer aparecer ou por algum problema (procurado pela polícia ou pela família). Existe

também o caso do Pernambuco que veio de Belém para se estabelecer na cidade grande, no

caso São Paulo e infelizmente acabou, devido à situação indo morar na rua, este, porém não

quis dar entrevista.

Neste meio, dos moradores de rua, existem muitos líderes de movimentos sociais e

comunitários, que trabalham por causas em prol de seu segmento, para que tenham

melhores condições de sobrevivência, sofram menos preconceitos e que possam conseguir

uma fonte de renda, seja ela convencional ou informal.

Um comentário:

Anônimo disse...

Deixando de lado a questão técnica da imagem que não aparece, que não é culpa do aluno, o texto carece de apresentar-se em forma de matéria jornalística, com os elementos do lead. Quem lê não sabe do que se trata. Atenção para as citações que no jornalismo não são feitas dessa forma, carecem de verbos discendi.