sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Moradores de rua “ganham voz”



Você já reparou que é muito difícil ver ou ouvir a opinião de algum morador de rua, em qualquer tipo de mídia? Aliás, o nome “moradores de rua” não é o certo. Estas pessoas são tratadas como “moradores em situação de rua” (cidadão que não tem casa fixa). É isso e muito mais que um grupo do 4º ano de Jornalismo da Universidade IMES irá tratar em seu Trabalho de Conclusão de Curso.

Um grupo de seis meninas resolveu abordar o assunto “moradores em situação de rua”, que será mostrado através de um vídeo-documentário, apontando todas as coisas boas e ruins que estas pessoas, também chamadas por muito de “mendigos”, passam em suas vidas. O pré-lançamento do projeto foi apresentado na última terça-feira, dia 21 de agosto.


E não pense que você verá apenas situações óbvias. O grupo, por exemplo, descobriu que existe uma espécie de “feira de trocas” que os moradores realizam para, como o próprio nome diz, trocar seus bens. Tudo tem seu preço e a moeda nacional, o Real, não é utilizada neste local.

Os estudantes têm como objetivo apurar os reais motivos que levaram estas pessoas (trataram apenas dos homens) a optar por viver deste modo. “E isso é uma opção?”, você deve se perguntar. Pois bem, saiba que muitos destes moradores de rua têm famílias e, por algum tipo de problema, ou mesmo uma opção, preferiu morar nas ruas.

A

base da pesquisa dos alunos foi Sebastião Nicomedes de Oliveira, de 38 anos, que também aparece como um dos principais personagens do documentário. De acordo com a apresentação do grupo, “Tião”, como é conhecido, conta seus momentos de moradia nas ruas.

Se você imagina que o número de moradores de rua em São Paulo não é tão grande assim para ser tratado em um TCC, está errado. De acordo com a última pesquisa do FIPE (Federação Instituto de Pesquisa Econômica), existem, no Estado, 10.399 pessoas nesta situação, passando as noites em albergues ou na rua. Deste número, aproximadamente 85% são homens, com 13% de mulheres e 2% sem identificação.

Rafael Munhoz Mestrello

Um comentário:

Anônimo disse...

Estilo de texto bem leve, que beira a resenha. Muito bom!

Reveja uso de aspas no título - use "aspetas" quando houver aspas dentro das aspas.