sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Atenção para os Exilados Anônimos

Exilados anônimos é o tema do documentário da primeira coletiva de imprensa dos trabalhos de TCC


Na última terça-feira, 14, foi apresentada a pré-estréia do documentário: “Canções – outras histórias do exílio ou Dos filhos deste solo” (nomes ainda não definidos) pelos alunos de Comunicação Social da Universidade IMES. A prévia do vídeo e a Coletiva de Imprensa foram realizadas no Prédio D, no campus I, da própria Universidade.

“Todos já ouvimos ou assistimos trabalhos sobre a Ditadura Militar e exilados conhecidos pelo público, como por exemplo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas não ouvimos falar de muitos exilados que permaneceram anônimos na história,” o jornalista que conduziu a apresentação, Robson Conceição, define bem a escolha do tema que vai resultar o vídeo-documentário da equipe.

O assunto abordado no TCC - Trabalho de Conclusão de Curso - dos formandos 2007 retrata a experiência de vida de exilados considerados anônimos para o grande público. O objetivo desses jornalistas é tratar o conteúdo de forma diferenciado ao que já foi feito até hoje. Pretendem destacar as fugas, os países onde os exilados se esconderam, como se envolveram na política, a relação com a família e as dificuldades encontradas.

Para isso, foi preciso buscar embasamento teórico afim de qualificar as entrevistas e sensibilizar a percepção jornalística, para unir os fatos das leituras da História Oficial e a contada pelos entrevistados e então construir do vídeo.

Na Coletiva o grupo também falou do perfil dos personagens. Relataram histórias de algumas pessoas tem medo de contar a experiência em que tiveram. “Eles se emocionam” disse a jornalista Karine Aleixo.

A equipe usou como tática fazer pré-entrevistas para conhecer os entrevistados. Cada jornalista manteve contato com um entrevistado para criar um relacionamento estável e facilitar a pesquisa/entrevista.

“Embora os entrevistados tiveram que deixar suas famílias e sofreram perseguições, percebe-se que a maioria obteve êxito profissional” ressalta o professor de Assessoria de Imprensa da Universidade Arquimedes Pessoni durante a Coletiva. Enquanto a socióloga Ana Corbisier, que permaneceu 6 anos em Cuba e 4 anos no Brasil sob identidade falsa, foi obrigada a abandonar os dois filhos (um de 4 e outro de 7 anos de idade), Aparecido Faria resume sua trajetória no exílio com a seguinte frase: “Eu saí do Brasil operário e voltei doutor em economia”.

As Coletivas de Imprensa continuam. Aguardem as próximas apresentações.
Elaine Boaventura

Um comentário:

Anônimo disse...

Atenção ao uso do ver "assistir".

Rever a forma de colocar a fala do segundo parágrafo.

Captou bem o espírito da coletiva.