sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Encontro entre a tradição e a modernidade


Redação: Eduardo Chaves

Paranapiacaba é tema de documentário produzido por alunos do ABC que pretende valorizar a história local.

A formação das cidades do ABC (Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul) se confunde com a construção da vila de Paranapiacaba, hoje distrito pertencente ao município de Santo André e que guarda em seus trilhos, retratos de uma época de ouro das ferrovias do Brasil.

A cidade de São Paulo em sua trajetória de construções e desenvolvimento fez do caminho à Serra do Mar, um importante aliado da exportação de matéria prima e produtos industrializados para o porto de Santos. Ainda na década de 50 e 60, operários ingleses trabalhavam dia e noite em uma das mais movimentadas estações do país e com isso, precisavam se fixar próximo ao trabalho, daí se deu origem a vila com características européias que também sofreu influencias portuguesas, tanto na sua arquitetura quanto costumes e crenças.

Hoje ponto turístico do ABC Paulista e muito freqüentada durante o “Festival de Inverno” a cidade é esquecida em outros períodos do ano e passa desapercebida nos livros de história, deixando os antigos traços de um patrimônio cultural jogado à nevoa que cobre o lugar.

O documentário “Estação Final: Paranapiacaba” produzido pelos alunos do último ano do curso de jornalismo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul – IMES, pretende reacender a memória dos moradores locais e traçar um paralelo entre a vila do passado e como ela está hoje.

“Depois da privatização, nós estamos aqui, bem abandonados”, conta Francisca Cavalcante de Araújo proprietária de um bar próximo à estação. A moradora está no pequeno distrito a décadas e sua família trabalhou na construção da ferrovia, estas e outras narrativas dão ao documentário a real situação do lugar e através de imagens, fotografias, matérias de jornais e relatos de historiadores, podemos conhecer Paranapiacaba de gerações atrás.

Um dos produtores do vídeo-documentário Diego Garutti aponta: “É uma grande oportunidade de conhecer a história do lugar e acima de tudo, é preciso observar o estado precário de nosso patrimônio”. O grupo composto por cinco integrantes: Renata Sanches, Diego Fuzo, Fernando Pioli, Rafael Akiyama e Edson Fonseca acreditam que este trabalho possa servir como fonte para outras pesquisas e também para a documentação da cidade.

Antes mesmo do lançamento o trabalho já instiga para a saga regional tanto abordada e reconhecida pela Universidade que possui em seu centro de estudos de pós graduação um Laboratório de Regionalidade, com teses e autores diversos que irão auxiliar os alunos na produção do trabalho acadêmico.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom texto! Reveja concordância aqui:
O grupo composto por cinco integrantes: Renata Sanches, Diego Fuzo, Fernando Pioli, Rafael Akiyama e Edson Fonseca acreditam que este trabalho possa servir como fonte para outras pesquisas e também para a documentação da cidade.