terça-feira, 4 de setembro de 2007

Um apelo à vida

Redação: Eduardo Chaves

Questões sociais se escondem dentro da máscara escura do preconceito. Falar sobre anencefalia se torna um mito e as pessoas leigas de informação caminham sobre a ignorância.

“O seu filho possuí uma doença rara, anencefalia” é este o sinal do desespero. A mãe se sente desprotegida ao receber esta notícia e o que era sonho se torna pesadelo, uma realidade amarga e que dali em diante será necessária uma busca por causas, motivos e conseqüências.
Segundo o Dr. Thomas Gollop podemos definir a doença como um defeito na formação do feto que causa a ausência do cérebro e a criança não tem expectativa de vida, pode morrer dentro do útero da mãe, sobreviver por poucas horas após o parto e em casos raros viver por alguns meses. “Faltam notícias sobre o tema e os pais não sabem os riscos e prevenções da doença”.
Ao se deparar por esta falta de informação um grupo de alunos do curso de jornalismo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul – IMES vêem diante de si um novo desafio: “E agora mãe? Anencefalia e o direito de escolha”, vídeo documentário que narra à história de cinco personagens que conviveram com o drama, além do depoimento de médicos e especialistas sobre o assunto.
Os casos registrados de má formação no cérebro no Brasil são de um a cada 700 bebês nascidos, o que faz com que a sociedade feche os olhos para esta questão e assim como o preconceito, a doença fique a margem das discussões políticas.
Porém este é um ponto que o documentário não aborda, o foco do trabalho são as declarações de pessoas que vivenciaram o problema , como por exemplo, o casal Maria Inês e Valdir de Carvalho que vivenciaram duas gestações de fetos anencéfalos e seguiram em frente mesmo sabendo que o seus bebês morreriam pouco tempo depois.
“Queremos com o documentário mostrar que a mulher pode garantir uma gestação segura para ela e para seu bebê a partir de práticas bastante simples, afastando os perigos da doença” é o que afirma um dos integrantes do grupo Felipe Mesquista. A única prevenção existente contra este problema é uma vitamina chamada “ácido fólico” encontrada em alimentos que possuí vitamina B, que diminuí em até 60% o risco de se ter anencefalia.
O resultado do trabalho que tem sua estréia prevista para outubro surpreendeu até seus criadores, é o que afirma Priscila Aguiar: “Não imaginava que este fosse um tema que desse para verticalizar tanto, as histórias nos permitiram criar diálogos muito interessantes com o telespectador, o resultado foi melhor do que esperávamos.” Sobre o sensacionalismo do tema a aluna Carla Molina revela: “É um tema forte e não precisa de mais nada para se tornar interessante, não queremos levar o público pela emoção, o melhor é seguir nosso objetivo: informar que o perigo da doença é real”.
Após a apresentação, o grupo pretende gerar cópias para distribuir em hospitais, entidades e ONGS de amparo à mulher.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito legal, mas reveja a pontuação quando há aspas na frase.

Olhar a concordância em: um grupo de alunos do curso de jornalismo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul – IMES vêem diante de si