terça-feira, 4 de setembro de 2007

Mais uma vez, prevenir é a melhor escolha


Por Danilo Gonçalves

Uma em cada 700 gestações no Brasil são de fetos que, por infelicidade do destino e de certa forma falta de prevenção da mãe, vão nascer sem cérebro. Ou nem vão chegar a nascer. Sim, a realidade é triste, mas é fato. A anencefalia é um problema que acontece durante a formação do bebê, mas que tem prevenção. Cura não, infelizmente.
Pensando nisto, seis estudantes do curso de jornalismo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, idealizaram um documentário sobre o tema. Dividido em três blocos – O que é, Direito de Escolha, Prevenção -, o documentário ‘E agora mãe? Anencefalia e o Direito de Escolhe’ tem depoimentos de cinco mães que já passaram pelo problema e a visão de oito especialistas no assunto.
Um dos alertas do documentário é para a prevenção. Especialistas dizem que, se a mulher, três meses antes de engravidar tomar ácido fólico (contido na Vitamina B), diminui em 70% as chances do problema acontecer.
O Direito de Escolha – Toda mulher quando descobre que o seu tão esperado bebê pode vir a nascer sem cérebro, e, com isso, não ter expectativa de vida, não direito de optar pelo aborto, segundo a legislação. Porém, muitos dos casos, são julgados e acabam por dar o direito à mãe de escolha. Algumas das mães entrevistadas pelo grupo decidiram que o aborto seria a melhor escolha. Mas, em sua maioria, a esperança de um milagre sempre existe.
Um caso já conhecido do grande público também compõe o documentário. A menina Marcela de Jesus, que nasceu sem cérebro, e que por um milagre vive até hoje e já tem nove meses de vida. A mãe da criança, Cacilda Gallante Ferreira, descobriu o problema aos quatro meses de gravidez e é uma das mães que optou por levar a gravidez até o final.
Atualmente, a bebê sobrevive graças a existência do tronco encefálico que mantém as funções básicas. Casos como o de Marcela são raros para a medicina, e a medicina não prevê expectativas para o caso. A mãe deposita todas as esperanças na fé.
Tratando-se de um tema polêmico como esse, o grupo produtor do documentário decidiu não se aprofundar em questões religiosas e aposta nos depoimentos comoventes de mães e nas explicações dos especialistas. “As histórias comoventes dão um ar mais leve ao documentário e podem gerar discussões sobre o assunto para quem assistir o documentário e também incentivar as pessoas a se previnirem”, explica Felipe Mesquita, um dos idealizadores do documentário
A estréia de ‘E agora mãe? Anencefalia e o Direito de Escolhe’ documentário acontece na semana de 16 a 20 de outubro, no auditório da Universidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Texto bem legal, leve, do tipo revista. Só ficou meio esquisito o seguinte parágrafo:
Casos como o de Marcela são raros para a medicina, e a medicina não prevê expectativas para o caso. (prever expectativa???)