terça-feira, 26 de agosto de 2008

Revistas de beleza querem criar padrão único de mulher




Não só os magazines, mas todos os meios de comunicação especializados em saúde e estética induzem os leitores a consumir produtos e serviços. Isto é o que defende Diana Nakamura.

A estudante de jornalismo analisou o conteúdo textual de 12 edições da revista Plástica e Beleza, da editora United Magazines, e concluiu que a mídia é uma das principais responsáveis pelo Brasil estar no segundo lugar do ranking mundial de cirurgias plásticas. “Eles vendem um padrão inatingível. Sem contar que a quantidade de serviços e produtos voltados para as mulheres presentes nestas revistas é muito grande”, afirma. A universitária acrescenta que o veículo busca somente o retorno financeiro para ele e seus clientes.

Diana conta que quando você lê as matérias publicadas tem a impressão que precisa sair correndo e fazer uma cirurgia. “Pesquisas revelam que apenas 2% das mulheres no mundo se acham bonitas”.

Ela ressalta ainda que encontrou publicações muito parecidas nas 12 edições que analisou e critica: “Usam termos como ‘corpinho de sereia’ ou ‘a barriga encolheu’, banalizando as mulheres”.

Segundo Diana, o tipo de comunicação adotada pela Plástica e Beleza é uma maneira de persuadir o leitor, com textos intimistas e de fácil compreensão.

A tese foi apresentada na quinta-feira, 21, aos estudantes do quarto ano de jornalismo da Universidade de São Caetano do Sul.

BRUNA DOS SANTOS SERRA


Um comentário:

Anônimo disse...

contextualizou bem e elevou o TCC à categoria de tese...