terça-feira, 25 de maio de 2010

Mera Coincidência

O filme Mera Coincidência (Wag the Dog), dirigido por Barry Levison e estrelado por Robert De Niro (Conrad “Connie” Bean), Dustin Hoffman (Stanley Motss) e Anne Heche (Winifred Ames), mostra o outro lado, o outro papel do assessor de imprensa, onde entra em questão fazer “tudo” para garantir a imagem do seu assessorado, além do emprego, claro. No filme, o presidente dos Estados Unidos está à beira de uma eleição, buscando se reeleger. Faltando pouquíssimos dias para a tão esperada eleição, o presidente se envolve em um escândalo sexual. O presidente lança aos seus assessores a difícil tarefa: Reverter o jogo, colocá-lo na mídia, porém com uma ótima imagem, conquistar votos, causar uma boa impressão na sociedade. Um produtor de cinema é contratado para dar vida ao projeto do assessores. Um conflito entre Estados Unidos e Albânia foi simulado, neste caso tudo foi válido, desde a contratação de um produtor de Hollywood, cenários, atores e altos valores para cobrir os gastos necessários, afim de afastar o escândalo sexual do presidente dos holofotes da imprensa. Por algumas horas o plano dá certo e o presidente volta a subir nas pesquisas do ibope.



Como tudo na vida, existe o sobe e desce, uma hora em alta outra em baixa e o assessor tem que estar preparado pra tudo. O assessor definitivamente tem que enxergar além, tem que estar preparado para enfrentar uma crise, uma guerra, além de saber quando falar, pra quem falar e o principal, o que falar.


Em Mera Coincidência, conseguimos ver claramente as principais características do filme, embora quando expressei lá em cima que o que estava em questão era o fazer “tudo” pra a garantir o emprego e a imagem do assessorado, nem sempre esse “tudo” está ligado ao exercício de práticas legais, o ilegal muitas vezes e na grande maioria dos casos sempre está em jogo. A postura dos personagens, mesmo se tratando de um filme brilhante que explora bem estes tão complexos aspectos que engloba o dia-a-dia do assessor, mostra exatamente o que não se deve fazer, quebram algumas regras que permeiam a ética do ser jornalista, entretanto, nem sempre dá certo.
 
Elaine Reis

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom texto!