A maneira como o povo é facilmente levado com o que a televisão diz e se sensibiliza com coisas estúpidas, enquanto os criadores da situação ficam rindo e achando tudo muito bonito.
O presidente dos Estados Unidos, às vésperas da eleição, se envolve em um escândalo sexual e isso certamente acabaria com sua reeleição para o cargo, assim os seus assessores acabam tendo uma tarefa para conterem esse alvoroço. Então tiveram a idéia de contratar um produtor para fazer uma “falsa guerra” para a população ameriaca esquecer o ocorrido e tirar do caminho quem atrapalhasse os planos deles. Assim, o produtor de Hollywood (Dustin Hoffman) inclusive indicado ao Oscar, faz com que as cenas da guerra caiam na mídia e a imagem do presidente ganha poder com o povo.
A cena da garota correndo, segurando um gatinho, como se estivesse no meio de uma verdadeira guerra, mexe emocionalmente com o publico que acabam criando um herói falso e perigoso, tudo faz com que isso tenha uma grande repercussão na mídia e é interessante como a sociedade se sensibiliza e acaba caindo nessa história. Pronto! O escândalo foi esquecido e o presidente acaba se reelegendo, graças a seus ótimos assessores que fizeram muito bem a lição de casa.
"Mera Coincidência" é uma maneira de abrir os olhos das pessoas, o filme é ousado, tira um sarro com o modo que o público é tratado, a forma como podemos ser manipulados pela mídia e mostra como os políticos podem fazer coisas para desviar a atenção pública para outros fatos.
O elenco de peso como, Robert De Niro e Dustin Hoffman e a direção de Barry Levinson só poderia causar um excelente resultado.
E na realidade, será que as pessoas param pra pensar se aqui no Brasil é assim, quando os políticos se envolvem em escândalos, sempre aparece outra noticia para “abafar” o caso e a população brasileira acaba esquecendo os escândalos e no fim, os mesmos políticos conseguem se reeleger.
Regiane Dogoli Merenda
Um comentário:
Muito boa análise e sinopse.
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