quinta-feira, 11 de março de 2010

Quem quer diploma?

Sim, a pergunta acima é algo que, num futuro não muito distante, pode se tornar real. Uma pergunta que para muitos pode parecer, como realmente é, algo absurdo. Mas, para outras pessoas, e que fique bem claro, para muitas pessoas, essa pergunta será o fim de muitos problemas.


Para o professor do cursinho Anglo de São Paulo, Pierluigi Piazzi, se não acabarmos com todo esse paternalismo, em 10 anos distribuiremos diplomas. Isso, graças às mudanças que vem ocorrendo com o passar do tempo. Mudanças essas que não melhoram o ensino, muito pelo contrário, defasaram algo que já não era perfeito. Pierluigi, que já teve cem mil e quatrocentos alunos, isso só no cursinho, acredita que “ nós nascemos folhas em branco e podemos ser qualquer coisa, afinal, ninguém nasce matemático, poeta ou músico”. O que seremos depende do que desejamos ser e o quanto estamos nos dedicando para subir “os degraus da inteligência”.


Temos a chance de ler mais, de estudar mais e de nos informarmos mais. Temos um mundo virtual onde podemos aproveitar para adquirir mais conhecimentos. Mas, não é bem isso que acontece. As escolas falam em “inclusão digital”, porém, ao entrar em um laboratório de informática, o aluno acha que está na “lan house” e aproveita para bater-papo no MSN com o colega. E, como diria Piazzi, aí tudo será abreviação. O não se torna “naum”, ou seja, “o aluno prefere escrever mais para escrever errado”. E ai do professor se falar algo! O coitado do professor não tem mais autoridade em sala, ele não pode chamar a atenção do aluno e muito menos se opor as vontades da sala.


Os alunos só se preocupam em estudar na hora da prova. Não sabem como utilizar o cérebro e acabam estudando de uma maneira errada. Resultado: não gravam as informações no cérebro e acabam sem aprender. Mas, também, pra que aprender? Daqui a alguns anos poderemos comprar diplomas com tanta facilidade!



Aline Fernandes Borges
 
Revista Nova Escola
Cadernos de educação de jornais impressos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom texto, mas não ficou muito claro o que a assessoria quer oferecer...