Trata-se da estreia nacional do grupo, que pretende voltar com um novo festival de peças e atingir o público jovem. Após formar uma geração de atores, o Tapa visa agora ganhar um novo legado de fãs para garantir um presente estável no cenário do teatro nacional e um futuro ainda mais promissor. Por isso, busca também uma formalização contemporânea.
“Vestir os Nus” é mais uma obra realista – especialidade da casa – adaptada pelo Tapa. O monólogo apresenta uma insignificante criada e seus dilemas entre o ser e a aparência. A peça terá participação de Beatriz Seagall. O método de levar o personagem ao seu máximo é explorado com o caráter de criar um gênese e uma interpretação própria, sem estereótipos.
De lá surgiram grandes atores nacionais, como Rodrigo Lombardi. Em 2009, o Tapa, que já produziu mais de 40 peças e ganhou diversos prêmios pelo Brasil, fez muitos sucesso com a obra “Cloaca”, da escritora holandesa Maria Goos, que teve participações de Dalton Vigh, André Garolli e Brian Ross. Atuações como esta fizeram o Tapa ganhar ainda mais respeito no cenário teatral.
Hoje, o grupo faz duas ou até três peças por ano. Antes, com mais possibilidades de viabilização, chegou a ter seis peças em cartaz ao mesmo tempo. Isso graças à produtividade e total aceitação do público, que vê o Tapa como uma grande escola do teatro. Com um repertório vasto e sempre direcionado, ganhou respeito dos mais consagrados autores do Brasil.
O projeto artístico do grupo sempre foi alvo de elogios, muito por conta do seu realismo, textos bem interpretados e atuações primorosas. É um modo de contar a vida social deixando o personagem cada vez mais próximo do espectador. Com 31 anos de experiência, o Tapa é um celeiro de grandes obras, sempre pronto para surpreender e encantar.
Éder Fantoni